BdP investiga gestão da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Alto Douro

  • ECO
  • 17 Janeiro 2023

Investigação iniciou após vários associados terem feito denúncias relativamente à gestão do conselho de administração. O responsável da equipa, Paulo Martins, tem mandato suspenso há cerca de um ano.

O Banco de Portugal (BdP) tem em curso uma investigação à Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Alto Douro. Após vários associados terem apresentado denúncias relativamente à gestão do conselho de administração, o supervisor deu instruções à casa-mãe (a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo) para que atuasse. Assim, há poucas semanas, a Direção de Acompanhamento e Supervisão da Caixa Central pediu ao banco que fornecesse um conjunto de documentos, atuação que se enquadra no quadro de uma “ação inspetiva do BdP”, justificou a entidade encabeçada por Mário Centeno.

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Alto Douro assegurou que não recebeu qualquer notificação que diga respeito a uma ação inspetiva por parte da entidade, avança o Público (acesso pago). No entanto, o jornal confirmou que a informação chegou a 22 de dezembro. O BdP, por sua vez, confirma que recebeu entre 2021 e 2022 denúncias devidamente identificadas, com conteúdo “suscetível de constituir um elemento fundamentado para análise no plano da supervisão prudencial”.

No cerne da investigação estão os atos de gestão da equipa daquela caixa transmontana, chefiada por Paulo Martins (com mandato suspenso há cerca de um ano) e que originaram a abertura de inquéritos devido a alegadas irregularidades. Mas, relacionados com a investigação, pesam ainda outros fatores mediáticos: Carlos Carneiro (um dos administradores executivos) é arguido no processo Miríade; entre os bens arrestados à ex-secretária de Estado da Agricultura, Carla Alves, e o seu marido acusado de prevaricação e corrupção, incluíam-se contas bancárias abertas na agência de Vinhais desta Caixa.

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