Jacinda Ardern renuncia ao cargo de primeira-ministra da Nova Zelândia

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, anunciou que vai renunciar ao cargo e confirmou que se vai realizar uma eleição nacional a 14 de outubro deste ano. A decisão de Arden, que se tornou a chefe de Governo mais jovem do país quando foi eleita primeira-ministra em 2017 aos 37 anos, foi recebida com surpresa.

Jacinda Ardern justificou a decisão ao dizer que “não tinha mais energia para desempenhar bem o cargo”. “Está na hora”, disse, na reunião anual do Partido Trabalhista, esta quinta-feira. O mandato como primeira-ministra vai terminar o mais tardar a 7 de fevereiro, mas Arden continuará como deputada até a eleição no final deste ano, de acordo com o The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês).

Ainda não é certo quem será o seu sucessor, mas está marcada uma votação no núcleo do partido para o novo líder a 22 de fevereiro. Se ninguém atingir o nível mínimo de apoio, a disputa pela liderança passa para o grupo mais amplo de membros trabalhistas. Os neozelandeses vão depois escolher o novo primeiro-ministro a 14 de outubro.

“Não estou a sair porque acredito que não podemos vencer a eleição, mas porque acredito que podemos e iremos, e precisamos de um novo par de ombros para esse desafio”, disse a primeira-ministra.

A governante neozelandesa ficou conhecida no mundo pela forma como lidou com a pandemia, tendo também enfrentado grandes desastres, incluindo o ataque terrorista a duas mesquitas em Christchurch e a erupção do vulcão White Island.