João Costa empenhado “num diálogo construtivo” com professores
João Costa diz que o Governo está a dar "máxima prioridade à resolução de questões antigas" na Educação e que o Executivo está de "boa-fé". Já os partidos acusam-no de "falta de vontade política".
O ministro da Educação garante que “os Governos do Partido Socialista (PS) não viraram as costas à Escola Pública” e que nas negociações com os sindicatos, sobre a revisão do regime de recrutamento e mobilidade dos professores, está a dar “máxima prioridade à resolução de questões antigas”. João Costa afirma que o Executivo está “de boa-fé” e empenhado “num diálogo construtivo”. Por outro lado, da esquerda à direita, os partidos acusaram o Executivo de “falta de vontade politica” e de falta “coragem” para fazer reformas estruturais.
O ministro da Educação começou por referir que a “contestação” dos professores “preocupa o Governo”, não apenas pelas reivindicações que estão em causa, mas também “pela perturbação que estas greves têm trazido às famílias e, em particular, aos alunos”. “Ao contrário do Chega, os Governos do Partido Socialista (PS) não viraram as costas à Escola Pública”, afirmou João Costa durante o debate de urgência pedido pelo Chega sobre Greves e reivindicações dos professores”, na Assembleia da República, sinalizando que o programa do partido liderado por André Ventura não diz ” rigorosamente nada sobre professores”.
Na sua intervenção, o ministro lembrou ainda algumas propostas que o Governo apresentou aos sindicatos, que estão avaliadas em 100 milhões de euros, e diz que o Governo quer dar “prioridade máxima à resolução de questões antigas”, nomeadamente “acabando com o casa-às-costas, (..) vinculando professores contratados e valorizando a condição salarial” dos docentes.
No dia em que o Presidente da República veio apelar ao diálogo, o ministro da Educação garantiu ainda que o Governo está “de boa fé” nas negociações e empenhado ” “num diálogo construtivo”, pedindo que os partidos não adiram à “onda de descontentamento”. Por outro lado, os partidos da oposição acusaram o Governo de “falta de vontade politica” e de falta “coragem” para fazer reformas estruturais.
À direita, o Chega lembrou que “o ano começou com 60 mil alunos sem algum dos professores” e nos últimos anos “mais de 30 mil professores foram saindo, imigrando” por causa do Executivo. Além disso, e depois de Fernando Medina ter alertado para a despesa estrutural, Ventura diz que João Costa “não é ministro da Educação”, mas “um servente do ministro das Finanças deste Governo”. “O senhor não está a negociar, está a fingir que negoceia”, atirou.
Já Sónia Ramos, do PSD, diz que este “não é um país nem para professores nem para alunos” e que as propostas apresentadas pelo Governo são “um conjunto cheio de nadas”. Por outro lado, Carla Castro, da Iniciativa Liberal (IL), diz que as greves e manifestações dos docentes revelam “mau estado em que está a Educação” e acusou o Governo de “preconceito ideológico” e de ” falta de coragem” para fazer reformas. “Não agir também é uma escolha“, atirou.
As críticas foram igualmente sentidas à esquerda. Joana Mortágua, do BE, pediu a recuperação do tempo em que a carreira dos professores esteve congelada, dado que o Governo ainda só recuperou 2 anos, nove meses e 18 dias. Já Paula Santos, do PCP, disse que a “luta dos professores não é de hoje e resulta da degradação e desinvestimento da escola pública”, pedindo “respostas aos problemas estruturais” e acusando o Governo de “falta de vontade política”. “Aquilo que se exige é eliminar as quotas de acesso para progredir no 5.º e 7.º escalão”, disse a deputada, em reação ao facto de o Governo pretender aumentar as vagas para entrar nesse escalão.
Ao mesmo tempo, Inês Sousa Real, do PAN, sublinhou que “a escola pública é absolutamente essencial” e apesar de sublinhar que as medidas apresentadas pelo Executivo têm “alguns avanços importantes”, são “insuficientes”, pedindo, por isso, que se olhe para o modelo de progressão de carreiras. Já Rui Tavares, do Livre, pediu ao Executivo que faça “Estados Gerais da educação”, consultando toda a comunidade educativa.
(Notícia atualizada pela última vez às 17h20)
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