Costa prevê lançamento do leilão eólico offshore até setembro

  • Lusa
  • 23 Janeiro 2023

O primeiro-ministro também anunciou que a audição pública para proposta de delimitação das zonas de implantação da produção de energia eólica 'off-shore' será lançada esta semana.

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou esta segunda-feira que a audição pública para proposta de delimitação das zonas de implantação da produção de energia eólica offshore será lançada esta semana, prevendo-se o leilão até setembro.

Hoje posso anunciar que, esta semana, abriremos a audição pública de propostas de delimitação das zonas de implantação e que, até ao último trimestre deste ano, iremos lançar o nosso primeiro leilão de energia eólica offshore“, disse António Costa na sua intervenção na Cimeira dos Oceanos (Ocean Race Summit), que decorre na cidade cabo-verdiana do Mindelo com a presença, entre outros, do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.

Antes, já o chefe do governo português tinha lembrado que em junho, na conferência dos Oceanos das Nações Unidas, em Lisboa, tinha apontado o “objetivo de Portugal de atingir os 10 gigawatts de capacidade produzida por energia eólica offshore até 2030″.

Na intervenção, António Costa salientou o papel da economia azul e as vantagens do aproveitamento económico dos oceanos, considerando que as metas ambientais não podem ser alcançadas sem olhar para os oceanos.

Não podemos atingir os nossos objetivos de zero emissões sem ter em conta o papel determinante que os oceanos desempenham na regulação do clima; é necessário assegurar o adequado financiamento destas transições — de indústrias intensivas em carbono e poluentes para setores que assegurem a sustentabilidade do ambiente e a prosperidade económica, não deixando ninguém para trás”, disse António Costa.

Para o primeiro-ministro, “a proteção dos oceanos é uma causa global” e por isso “só faz sentido ser levada a cabo através de uma abordagem multilateral, centrada nas Nações Unidas, através de um processo participativo que envolva não só os governos mas toda a sociedade civil, e assente na universalidade daquela que é a verdadeira Constituição do Oceano: a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar”.

Passando em revista algumas das iniciativas lançadas em Portugal nesta área, António Costa salientou que é preciso “aumentar o financiamento das ações baseadas nos oceanos à escala global”, convidando todos os participantes a estarem presentes na reunião deste ano do Fórum sobre Economia Azul e Investimento, classificado como “uma oportunidade única de pôr em contacto os investidores e os potenciais beneficiários”.

A Ocean Race Summit insere-se na primeira passagem por Cabo Verde da Ocean Race, a maior e mais antiga regata do mundo e reúne esta manhã no Mindelo, ilha de São Vicente, políticos, governantes, especialistas e outras personalidades para abordar o futuro dos oceanos.

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