O importante é a TAP ter “vários interessados” e crescimento sustentável, diz Galamba
O ministro das Infraestruturas considera que o cancelamento da greve dos tripulantes permitiu devolver a paz social à companhia, sem a qual não é possível concluir a restruturação.
O novo ministro das Infraestruturas considerou que é importante existirem vários interessados na privatização da TAP e que a empresa tenha uma “perspetiva de crescimento sustentável”. João Galamba congratulou também o cancelamento da greve de sete dias dos tripulantes, que “permitiu devolver” a paz social à companhia.
A privatização da TAP é uma das prioridades na agenda do sucessor de Pedro Nuno Santos na pasta das Infraestruturas. João Galamba não quis comentar se o grupo IAG, que junta a British Airways e a Iberia, era uma boa opção para a companhia portuguesa, como defendeu o ministro da Economia, mas destacou que “o importante é ter vários interessados na TAP e a TAP ter uma perspetiva de crescimento sustentável”.
Além da IAG, também têm sido apontados à TAP o grupo Air France – KLM e a Lufthansa, num período que está a ser marcado por movimentos de consolidação no setor. A companhia alemã está em negociações para adquirir uma posição minoritária na italiana ITA, enquanto o grupo da Iberia quer comprar a Air Europa.
“A TAP tem de avaliar os melhores parceiros para a sua estratégia de crescimento operacional. Neste momento há várias opções. Avaliaremos todos e não farei nenhum comentário sobre nenhum dos candidatos em potência”, acrescentou o governante em declarações às televisões, à margem da conferência que conferência que marca o arranque da Agenda NEXUS, em Sines. Questionado sobre se poderá ser vendido 100% do capital da transportadora portuguesa, como admitiu o primeiro-ministro no Parlamento, João Galamba fugiu à resposta. “Neste momento estamos com o Ministério das Finanças e com a administração da TAP a avaliar e a iniciar esse processo”, respondeu.
O ministro das Infraestruturas congratulou-se também com o cancelamento, na segunda-feira, da greve de sete dias dos tripulantes. “O passo que ontem foi dado pelo sindicato dos tripulantes e a administração da TAP foi da maior importância porque permitiu devolver a paz social”, sublinhou. “Agora a administração e os sindicatos podem dedicar-se a mais um passo essencial do plano de reestruturação que é o novo acordo de empresa. São boas notícias para o país, para a TAP e para os trabalhadores”, concluiu.
“Sem paz social não é possível concluir o plano de reestruturação da TAP”, insistiu, acrescentando que “o que não se pode repetir na TAP é o passado de insustentabilidade. Neste momento temos condições para que esse passado mude e que todos, TAP, trabalhadores, possam olhar para o futuro com uma empresa em crescimento, com parcerias importantes no transporte aéreo que tirem pleno partido da centralidade de Portugal nesta área“, destacou.
João Galamba referiu que tem reunido com a administração da TAP e com os sindicatos, a pedido destes. “Tem sido muito trabalho, mas não temos tempo a perder. Mais do que estudar dossiês, que também estou a fazer, iniciei o meu trabalho no primeiro dia. Mantivemos parte das equipas, trouxemos outras, e estamos aqui para trabalhar e é o que estamos a fazer”, respondeu sobre os primeiros dias como ministro.
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