Portugal foi o quarto país onde se consumiu mais eletricidade proveniente de fontes renováveis

Em Portugal, mais de 58% da eletricidade consumida, entre 2020 e 2021, teve origem em fontes renováveis, valor sustentado principalmente pela produção eólica e hídrica.

A produção e o consumo de eletricidade a partir de fontes de energia renovável na União Europeia (UE) aumentaram entre 2020 e 2021, anos marcados pela pandemia. E, entre os Estados-membros, Portugal ocupa a quarta posição entre os países cujo consumo de eletricidade tem origem, maioritariamente, em fontes renováveis.

De acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Eurostat, além de a produção ter aumentado 5%, naquele período, também o consumo bruto de eletricidade cresceu, devido à recuperação económica a que se assistiu com o levantamento das restrições anti covid-19.

Feitas as contas, a quota das fontes de energia renováveis no consumo bruto de eletricidade na UE aumentou apenas 0,1 pontos percentuais (pp), de 37,4% em 2020 para 37,5% em 2021.

Segundo o gabinete de estatística europeu, a energia eólica e a hídrica representaram mais de dois terços do total da eletricidade produzida a partir de fontes renováveis (37% e 32%, respetivamente) na UE. O restante terço da eletricidade teve origem na energia solar (15%), biocombustíveis sólidos (7%) e outras fontes renováveis (8%).

“A energia solar é a fonte de crescimento mais rápida: em 2008, representou apenas 1% da eletricidade consumida na UE”, aponta o Eurostat.

Portugal é o quarto país com maior consumo de eletricidade “verde”

Portugal entra no topo da lista na análise do consumo de eletricidade proveniente de fontes renováveis entre os 27 Estados-membros. Segundo os dados, 58,4% do total de eletricidade consumida no país teve origem em fontes renováveis, valor potenciado pela produção eólica e hídrica.

Ainda assim, este valor não é suficiente para ultrapassar a Áustria e Suécia, onde três quartos da eletricidade provêm de fontes renováveis — 76,2% no caso do país cuja capital é Viena, principalmente devido à produção hidroelétrica, e 75,7% e território liderado a partir de Estocolmo, devido à produção hidroelétrica e eólica. A Dinamarca surge em terceiro (62,6%), seguida por Portugal e depois pela Croácia (53,5%).

No outro extremo da escala, as quotas mais baixas de eletricidade renovável foram registadas em Malta (9,7%), Hungria (13,7%), Luxemburgo (14,2%), República Checa (14,5%) e Chipre (14,8%).

 

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