Viagens dos portugueses aumentaram, mas continuam abaixo dos níveis pré-pandemia

  • Mariana Marques Tiago
  • 27 Janeiro 2023

No terceiro trimestre de 2022, os residentes em Portugal realizaram 8,2 milhões de viagens (um aumento de 5,9% face a igual período em 2021). Apesar do aumento, os valores mantêm-se abaixo de 2019.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou esta sexta-feira os dados relativos à procura turística dos portugueses relativos ao terceiro trimestre de 2022. Houve um aumento de 5,9% nas viagens, sendo julho o mês de maior deslocação. O principal motivo para viajar foi, uma vez mais, “lazer, recreio ou férias”.

No terceiro trimestre de 2022, os residentes em Portugal realizaram 8,2 milhões de viagens, o que se traduz num aumento de 5,9% face a igual período em 2021. Contudo, apesar do aumento, os valores mantêm-se abaixo dos registados em 2019, antes da pandemia de Covid-19.

Fonte: INE

De acordo com o relatório, o número de viagens aumentou em todos os meses do terceiro trimestre de 2022. Em julho registou-se um aumento de 10,6%, em agosto 4,7% e, em setembro, um aumento de 1,9%.

A maioria das deslocações foi feita em território nacional: 7,2 milhões (o que corresponde a 88,4%). O valor diminuiu 0,6% quando comparado com o mesmo período de 2019. Durante o período analisado, registou-se também um aumento de viagens dos portugueses ao estrangeiro. O crescimento foi de 109%, valor mais elevado desde o início da pandemia e que corresponde a cerca de 950 mil viagens.

O principal motivo que levou a que os portugueses quisessem viajar foi “lazer, recreio ou férias”, que tem sido uma tendência. Registaram-se 5,5 milhões de viagens com esta justificação. Seguiu-se a “visita a familiares ou amigos” (2,2 milhões) e motivos “profissionais ou de negócios” (337,1 mil).

Em 2022, houve um aumento da duração média das viagens face aos níveis de 2019 — consequência direta do alívio das restrições associadas à pandemia. Segundo o instituto português, cada viagem teve uma duração média de 6,05 noites. Isto traduz um aumento face às 5,76 de 2019, mas uma diminuição face às 6,17 noites de 2021. A duração média mais baixa foi registada em setembro (4,04 noites) e a mais elevada ocorreu em agosto (6,68 noites).

Fonte: INE

Já o número de dormidas em “hotéis e similares” foi superior aos níveis registados em 2019 em 3,7 pontos percentuais, concentrando 31% das dormidas resultantes das viagens dos residentes.

O “alojamento particular gratuito” foi, uma vez mais, a principal opção de alojamento (correspondendo a 54,5% do total). No entanto, houve uma diminuição do seu peso no total face ao impacto que detinha no terceiro trimestre de 2021 e também ao mesmo período de 2019).

(Notícia atualizada às 11h36 com mais informação)

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