CEO do SNS quer criar novas Unidades Locais de Saúde

Fernando Araújo assinalou que o SNS vive "um momento crítico" e que "este semestre" têm que ser realizadas "as principais mudanças" no sistema de saúde. Quer criar novas Unidades Locais de Saúde.

O diretor executivo do SNS, Fernando Araújo, realça o papel Unidades Locais de Saúde (ULS), um modelo em que hospitais e centros de saúde são geridos por uma única administração, na resposta assistencial aos utentes e revela que vai criar “novos grupos de trabalho” para criar novas ULS em “novas áreas”, como o Alentejo, a Península de Setúbal e o Norte.

Durante o mês de fevereiro, iremos avançar com mais Unidades Locais de Saúde (ULS). Irão ser criados novos grupos de trabalho para novas áreas”, afirmou o diretor executivo do SNS, Fernando Araújo, na sessão de encerramento da conferência organizada pelo Fórum Saúde XXI sobre “O papel das ULS, no Infarmed, em Lisboa.

Em dezembro, a direção executiva do SNS já tinha anunciado que estava a elaborar os planos de negócio para criar quatro novas ULS: Guimarães, Aveiro, Entre o Douro e Vouga, e Leiria. Atualmente, o SNS dispõe de oito ULS: Matosinhos, Norte Alentejano, Guarda Baixo Alentejo Alto Minho, Castelo Branco, Nordeste e Litoral Alentejano.

“Um dos locais que vamos apostar é na área central do Alentejo“, clarificou Fernando Araújo, dando como exemplo a cidade de Évora. “Mas iremos fazê-lo também na Península de Setúbal e também no Norte”, acrescentou. Segundo o diretor executivo do SNS, “têm sido os próprios profissionais a solicitar essa necessidade”, havendo também “uma vontade forte das autarquias em poder de alguma forma integrar essas mudanças”.

A criação de novas ULS foi criticada pela presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), que ao Público, defendeu que este modelo “secundariza” os cuidados de saúde primários e a promoção da saúde e perpetua “a cultura hospitalocêntrica”. Em alternativa, esta estrutura defende a criação de Sistemas Locais de Saúde, que está previsto no Estatuto do SNS.

Apelidando-se “um defensor das ULS”, Fernando Araújo realçou que este modelo permite responder de melhor forma aos doentes, uma vez que “as urgências estão cheias porque os cuidados de saúde primários estão cheios ou não têm espaço para dar uma resposta próxima”. “É um modelo que conseguimos gerir e que as finanças estão abertas ao mesmo” acrescentou adiantando ainda que a sua equipa está a trabalhar para “a forma de financiamento das ULS”.

Recordo que a primeira ULS tem mais de 20 anos e que estamos, neste momento, num momento crítico do SNS. Assistimos a uma enorme saída de quadros e temos que conseguir fazer a mudança no mais próximo do ponto de vista temporal. Neste semestre, tem que se fazer as principais mudanças do ponto de vista da revolução do SNS. Temos que voltar a ganhar a confiança das pessoas”, atirou.

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