EACOP: Marsh acusada de violar diretrizes internacionais

  • ECO Seguros
  • 8 Fevereiro 2023

Processos impróprios de aquisição de terras, consultas inadequadas às comunidades afetadas e danos irreversíveis aos ecossistemas locais são alguns dos danos apontados à corretora Marsh no EACOP.

Uma organização não-governamental sediada na Carolina do Norte, nos E.U.A., disse, nesta terça-feira, que apresentou uma queixa ao Departamento de Estado contra a Marsh LLC devido à sua intervenção de corretagem no projeto do oleoduto de 1443 km que atravessa o Uganda e a Tanzânia.

A queixa da Inclusive Development International, apresentada a 10 organizações de direitos humanos e ambientais, sediadas nos países africanos atingidos, alega que a Marsh violou as diretrizes internacionais de conduta empresarial responsável ao servir como corretor de seguros para o oleoduto da África Oriental.

A queixa alega que, ao prestar serviços de corretagem, a Marsh está a contribuir para os danos graves que o projeto EACOP já causou, e os previstos, incluindo processos impróprios de aquisição de terras, consultas inadequadas às comunidades afetadas e danos irreversíveis aos ecossistemas locais.

Várias companhias recusaram envolvimento no projeto EACOP, que consiste na inserção de um oleoduto massivo, que atravessa o Uganda e a Tanzânia, e que exige aquecimento elétrico superior a 50ºC ao longo dos seus 1443 kms.

A Marsh & McLennan Cos. Inc. recusou-se a comentar a queixa, citando a sua política de longa data de não confirmar a identidade dos clientes.

“Estamos empenhados em ajudar as empresas a desenvolver modelos empresariais de baixo carbono e a gerir os riscos associados à transição dos combustíveis fósseis para as energias renováveis”, disse a corretora, em comunicado.

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