Brisa com mais lucros em 2022 e utilizadores de autoestradas ao nível de 2019

Os lucros da Brisa, nas autoestradas, aumentaram mais de 20% em 2022. A empresa que gere a operação nestas vias, Brisa Concessão Rodoviária (BCR), registou resultados positivos de 220,2 milhões de euros, segundo a informação divulgada nesta terça-feira junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). O número de utilizadores nestas autoestradas aumentou 15,1% face a 2021 e ficou praticamente ao nível registado no ano anterior à pandemia.

Os lucros de 2022 ficaram 20,2% acima do desempenho de 2021, quando a BCR registou ganhos de 183,2 milhões de euros. O investimento na rede de autoestradas foi de 64,2 milhões de euros, 39,2% acima do valor de 2021.

As autoestradas da Brisa tiveram em 2022 praticamente os mesmos utilizadores do que antes da pandemia. No último ano circularam, em média, 21.359 veículos por dia em mais de 1.000 quilómetros de concessão, número muito próximos dos 21.373 veículos por dia verificados no ano de 2019. A diferença foi de menos de 0,01%.

O crescimento no número médio de veículos por dia foi de 15,7% para os carros ligeiros e de 8,2% no caso dos veículos pesados. Graças ao aumento de tráfego, as receitas de portagem da BCR cresceram 16,5%, para 639,8 milhões de euros.

A maior concessionária de autoestradas do país refere mesmo que no segundo semestre “verificaram-se volumes de tráfego acima de 2019, com destaque para os meses de verão”.

A dívida bruta da BCR baixou dos 1,771 mil milhões para 1,587 mil milhões, por conta do reembolso de 39 milhões de euros de um empréstimo do Banco Europeu de Investimento e de 120 milhões de euros referentes a um empréstimo de obrigações. O custo médio da dívida subiu 0,6 pontos percentuais, para 2,4%, pois 31% do passivo está sujeito a taxa de juro variável.