Crise energética leva alemã BASF a cortar 2.600 postos de trabalho

Para já, duas fábricas de amónia e de fertilizantes já fecharam, originando 700 despedimentos na sede alemão, em Ludwigshafen.

A empresa de produtos químicos alemã BASF planeia dispensar 2.600 trabalhadores, 2% do total de funcionários, até 2024, na sequência dos seus planos para reduzir o número de fábricas em operação. Para já, duas fábricas de amónia e de fertilizantes já fecharam, originando 700 despedimentos na sede alemã, em Ludwigshafen, avança a Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

O plano de redução de fábricas em operação foi desencadeado pelo fim do fornecimento abundante e barato de gás russo que viabilizava o modelo de negócio da BASF.

“Os preços elevados da energia estão agora a colocar um fardo adicional sobre a rentabilidade e competitividade na Europa”, afirma o diretor executivo da BASF, Martin Brudermüller. Para se ajustar a esta mudança, a companhia alemã definiu como objetivo anual poupanças de 500 milhões de dólares (cerca de 471 milhões de euros).

A empresa apresentou lucros de 6,9 mil milhões de euros em 2022, o que representa uma descida na ordem dos 12 pontos percentuais, e prevê que o resultado operacional deste ano seja ainda menor.

Perante estas perspetivas de curto prazo, a BASF decidiu interromper o programa de recompra de ações. Porém, não reviu em baixa o dividendo previsto de 3,40 euros a pagar aos acionistas.

“A competitividade dos locais alemães sofreu com a crise energética. Assistiremos a reduções de postos de trabalho e a um crescimento de localizações fora da Europa em várias empresas químicas”, prevê ainda o analista Oliver Wojahn, da Alsterresearch AG.

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