Um em quatro novos empréstimos da casa já tem taxa mista
É o reflexo da subida das taxas Euribor: famílias portuguesas estão a optar cada vez mais pela taxa mista na hora de contratar crédito da casa. Taxa variável perde peso, mas continua a dominar.
É um reflexo da subida das taxas de juro. Para se protegerem do aumento das Euribor, cada vez mais famílias estão a optar pela taxa mista na hora de contratar um empréstimo para a compra de habitação. Um em cada quatro novos créditos da casa já tem taxa mista, isto apesar do domínio da taxa variável.
É o que mostram os dados divulgados esta sexta-feira pelo Banco de Portugal: 24% dos novos empréstimos à habitação concedidos em janeiro estão associados a taxa fixa, mais do dobro do que era a tendência que se verificava ao longo do ano passado. A taxa mista permite ao cliente ter uma taxa fixa durante um período inicial, protegendo-se da escalada das Euribor — que estão em máximos de 14 anos –, passando posteriormente para taxa variável.
Isto significa que, dos 1.385 milhões de euros concedidos pelos bancos para a aquisição de casa, 332,4 milhões estiveram associados a taxa mista, ainda segundo dados do supervisor.
Já a taxa variável continua a dominar o crédito da casa, embora esteja a perder peso no total dos novos contratos: 69% das novas operações realizadas em janeiro tiveram taxa variável, bem abaixo dos 85% que foi costume registar durante o ano passado.
Quanto à taxa fixa, continua a ser uma opção pouco utilizada pelas famílias portuguesas: apenas 7% dos novos contratos fixaram a taxa, em linha com a tendência de 2022.
Taxa mista ganha peso no mercado
Por outro lado, as renegociações de contratos representaram 32% do montante de novos empréstimos para habitação própria permanente em janeiro. Na prática, as famílias renegociaram 443 milhões de euros em empréstimos da casa no arranque do ano, em operações de reestruturação que não significaram qualquer incumprimento.
A leitura destes dados permite perceber que as famílias estão a trocar a taxa variável pela taxa mista nas renegociações dos contratos com os bancos, uma situação que, de resto, já tinha sido evidenciada pelas próprias instituições.
De acordo com o Banco de Portugal, a taxa de juro média dos novos empréstimos à habitação subiu menos em janeiro do que em dezembro, passando dos 3,24% para os 3,32%. Já a taxa de juro do crédito ao consumo subiu ara 8,48%.
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