Biden revela-se incapaz de segurar ações dos bancos

Os bancos regionais norte-americanos são os mais penalizados pelos investidores no dia de hoje, que através de vendas a descoberto estão a atirar os títulos para perdas acima dos 60%.

O setor bancário norte-americano está a negociar em queda livre, mesmo depois de o Presidente dos EUA ter referido que o sistema bancário está sólido.

No centro do furação estão as ações do First Republic Bank, que já chegou a cair mais de 80% (depois de na sexta-feira terem afundado 33%), como reação ao recebimento de fundos da Reserva Federal norte-americana (Fed) e do JPMorgan Chase como forma aumentar os seus níveis de liquidez para cerca de 70 mil milhões de dólares

“As posições de capital e de liquidez do são muito fortes, e o seu capital permanece bem acima do limiar regulamentar para bancos bem capitalizados”, disse o fundador Jim Herbert e o CEO Mike Roffler numa declaração citada pela CNBC.

Mas nem as declarações dos líderes do First Republic Bank nem de Joe Biden conseguiram abrandar a razia que os títulos do banco estão a sofrer na Bolsa de Nova Iorque. E não é caso único. Destaque, por exemplo, para ações do Western Alliance Bancorp, que somam perdas acima dos 70%.

As ações do bancos regionais norte-americanos que constituem o índice Dow Jones US Select Regional Banks estão a cair mais de 15% com todos os 38 bancos que constituem este índice a registarem um volume bastante elevado de ordens de venda a descoberto (short sell). É o caso do US Bancorp, o maior banco do índice, que está a cair 9,7%.

Entre as dez maiores posições deste índice há ainda a destacar a queda de 22% das ações do Huntington Bancshares e a desvalorização e 30% dos títulos do Keycorp.

A pressão sobre os títulos dos bancos norte-americanos não passa imune na Europa. O índice Euro Stoxx Banks, que agrega 21 dos maiores bancos da Zona Euro, está a cair 6,5% com todas as instituições no vermelho. O mais penalizado é o alemão Commerzbank e o espanhol Sabadell que afundam 12,4% e 11,2%, respetivamente.

Na Europa, todos os principais índices acionistas estão a negociar no vermelho, com destaque para o italiano MIB que está a perder 4,6% e ainda para o espanhol Ibex e para o alemão DAX, que acumulam perdas de 3,6% e 3,3%, respetivamente.

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