Aralab vai construir nova fábrica de 15 milhões em Sintra
Após aumentar as vendas em 15% no ano passado, para cerca de 16 milhões de euros, a fabricante portuguesa de câmaras climáticas vai investir 15 milhões de euros numa nova unidade industrial.
A empresa Aralab revelou esta sexta-feira que contabilizou um aumento homólogo das vendas de 15% em 2022, para um pouco mais de 16 milhões de euros, e que vai construir uma nova fábrica, num investimento de 15 milhões de euros.
“O ano de 2022 foi um ano histórico para a Aralab, porque conseguimos atingir um novo recorde histórico de vendas”, disse à agência Lusa o administrador da empresa, Luís Branco, sublinhando que tiveram “um volume de vendas superior a 16 milhões de euros, que compara com 14,5 milhões de euros registados em 2021”.
E prosseguiu: “Há um crescimento significativo das vendas, na ordem dos 15%, tendo estas aumentado essencialmente devido à procura externa”, sendo que se prevê fechar este ano fiscal com vendas “muito próximas ou iguais” a 20 milhões de euros.
Criada por dois irmãos, ambos engenheiros, João e Eduardo Araújo, a empresa 100% portuguesa e especializada no fabrico e distribuição de câmaras climáticas capazes de simular qualquer clima, começou a sua atividade em 1985.
A Aralab, atualmente, vende um pouco mais de 85% para fora de Portugal, tendo vendas disseminadas “um pouco por todo o mundo”, salientou o gestor, adiantando que a geografia onde está mais bem implantada é a Europa, com destaque para a Alemanha, Europa do Norte e Reino Unido.
Nos mercados fora da Europa, a empresa tem “posições muito interessantes” no Médio Oriente, na Ásia (China) e em Singapura, pois são países que têm revelado “alguma apetência” por comprar as suas câmaras climáticas. Para Luís Branco, a empresa quer “aumentar as vendas” para fora de Portugal, “ganhar quota” aos principais concorrentes e “começar a apostar” noutras geografias este ano.
A estratégia internacional da Aralab passa igualmente, nesta nova fase, pelos Estados Unidos, disse ainda Luís Branco: “Esta semana estamos presentes numa feira em Filadélfia, nos Estados Unidos (EUA), dando início a uma forte campanha que nos vai permitir ter vendas muito interessantes já em 2023 e continuar a crescer em 2024 e 2025”.
Além dos EUA, a empresa está também a trabalhar o mercado canadiano, já que se trata de um país que “segue muito as tendências do mercado norte-americano e “está consciente” de vai alcançar sucesso em especial na área da biotecnologia, através das câmaras de investigação para plantas, explicou o gestor.
Se queremos continuar a competir em mercados internacionais com os principais players no fabrico de câmaras climáticas necessitamos de dar este passo [nova fábrica].
Para responder ao “crescimento acentuado” da procura e preparar-se para os próximos anos, a empresa, depois de concluída a reestruturação do grupo, vai construir uma nova unidade fabril, em Sintra, num valor de 15 milhões de euros. A atual tem cerca de 3.000 metros quadrados (m2) e a nova fábrica vai ter uma área útil de 10.000 metros quadrados.
“Estamos conscientes da importância que tem para a empresa [a nova fábrica noutro local, em Sintra], mas também da sua necessidade, porque se queremos continuar a competir em mercados internacionais com os principais players no fabrico de câmaras climáticas necessitamos de dar este passo”, disse o gestor.
A empresa conta com 85 trabalhadores e está atualmente a recrutar mais 10, nomeadamente para as áreas da engenharia (software) e da refrigeração, e continua a servir áreas essenciais como energia, veículos elétricos, farmacêutica e saúde.
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