Inflação deve cair para 5,5% este ano com alívio na energia

Alívio nos preços do petróleo e do gás levam Banco de Portugal a rever em baixa a projeção para a inflação este ano e no próximo. Centeno reitera mensagem de apoios direcionados aos vulneráveis.

O Banco de Portugal reviu em baixa a projeção para a inflação este ano e no próximo, por conta da redução dos preços energéticos e também alimentares.

A instituição aponta agora para uma taxa de inflação de 5,5% este ano, recuando para 3,2% no próximo ano, abaixo das anteriores projeções de 5,8% (2023) e 3,3% (2024), de acordo com o Boletim Económico de março divulgado esta sexta-feira.

“A redução da inflação em 2023 é mais expressiva do que o projetado no exercício de dezembro, traduzindo o ajustamento nos mercados energéticos, visível nos dados já observados e nas hipóteses para o preço do petróleo e do gás nos mercados internacionais”, justifica a entidade liderada por Mário Centeno.

A descida da inflação a ocorrer nos próximos trimestres assentará também na evolução dos preços dos bens alimentares, acrescenta. “Mas a sua magnitude é incerteza”, nota ainda.

Por outro lado, “a moderação no aumento dos preços dos outros bens e serviços será mais lenta, devido a efeitos desfasados dos preços dos bens energéticos, à recuperação das margens de lucro e ao crescimento dos salários”.

O Banco de Portugal destaca que, excluindo bens energéticos, os preços no consumidor deverão aumentar mais do que o esperado (0,7 pontos percentuais), “refletindo maiores pressões internas”, sendo este o principal risco para a evolução da taxa de inflação.

Por isso, sublinha que “é fundamental a coordenação das políticas económicas para conter as pressões inflacionistas”. O Banco de Portugal reitera a mensagem de que “as medidas de apoio que visam mitigar o impacto da inflação elevada deverão ser temporárias e direcionadas aos mais vulneráveis, evitando-se estímulos generalizados e persistentes sobre a procura”. Ainda esta sexta-feira o Governo avançou com um pacote de medidas de mitigação do aumento do custo de vida. O banco central diz que o Executivo deve manter como prioridade a sustentabilidade das finanças públicas.

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