Administradores da REN dispensam atualização de salário acima da dos trabalhadores

Os administradores da REN teriam direito a um aumento de 7,2% no salário base, tendo em conta a inflação, mas querem ficar pelos 1,3%, em linha com o concedido aos trabalhadores.

Os administradores da REN teriam, de acordo com a política de remunerações da empresa, direito a um aumento de 7,2% no salário base, tendo em conta a inflação verificada no ano passado. Mas, “uma vez que a atualização aprovada pela Comissão Executiva para os trabalhadores foi de 1,3%”, a gestão achou por bem que a atualização da sua remuneração fixa fosse também fixada em 1,3%.

A informação consta de um documento publicado na página da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, que contém os pontos a serem discutidos na próxima assembleia de acionistas da empresa.

Além desta decisão de limitar o aumento da remuneração base, que a Comissão Executiva propõe que seja aprovada pelos acionistas, “a Comissão de Remunerações entende que esta regra deverá ficar plasmada na Política de Remunerações, pelo que se estabelece que a atualização da Remuneração Fixa dos administradores executivos não excederá a atualização média aplicada nesse ano à generalidade dos trabalhadores do Grupo REN”, lê-se no documento.

Caso esta alteração seja aprovada, os administradores não podem usufruir de uma atualização acima da dos trabalhadores. “Esperamos que esta alteração vá ao encontro das preocupações dos Senhores Acionistas e mereça a sua aprovação”, conclui a proposta.

Apesar de, no ano passado, o aumento médio dos salários dos trabalhadores da REN ter sido de 1,3%, a empresa prevê que, em 2023, o aumento médio seja de 5,4%, informa fonte oficial da REN.

O presidente da Comissão Executiva da REN, cargo que é de momento ocupado por Rodrigo Costa, tem direito a uma remuneração fixa anual de 388.888,08 euros, enquanto os restantes membros da comissão recebem 308.080,20 euros.

A estes valores acresce uma remuneração variável, que varia consoante a execução dos objetivos: pode não ser atribuída, caso sejam atingidos menos de 80% dos objetivos, ou ir até 120% da remuneração base, se a percentagem de objetivos concretizados seja superior a 120%.

Adicionalmente, os administradores recebem uma remuneração variável de médio/longo prazo que varia consoante o desempenho das ações da empresa cotadas em bolsa, e têm direito a benefícios como um automóvel de até 83,5 mil euros no caso do CEO e seguros de vida, saúde e acidentes.

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