Preço do cabaz de bens essenciais recuou apenas 16 cêntimos na última semana

  • Joana Abrantes Gomes
  • 30 Março 2023

Cálculos da Deco mostram que preço de um cabaz de 63 bens alimentares recuou para 225,99 euros na última semana. Descida foi de apenas 16 cêntimos face à semana anterior.

Depois de uma semana em que mostrou sinais de abrandamento, o preço do cabaz de bens essenciais registou uma descida muito ligeira, de 16 cêntimos, custando agora 225,99 euros. Este valor representa um decréscimo de 0,07% face ao custo de 226,15 euros registado na semana anterior, segundo as contas realizadas pela Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco).

Comparando com o preço de há um ano, quando custava 268,35 euros, o cabaz alimentar está 16,71% mais caro. Se a comparação for feita com a véspera do início da guerra na Ucrânia (23 de fevereiro de 2022) o cabaz alimentar encareceu 42,36 euros, o que equivale a um aumento de 23,07%.

Entre 22 e 29 de março, os cereais integrais foram o produto cujo preço mais aumentou: em 15 de março, um quilo deste peixe custava 2,91 euros, enquanto na quarta-feira já custava 3,39 euros, o que traduz uma subida de 17% no espaço de uma semana. Seguem-se os cereais fibra (subiram 16%); o salmão (11%); peixe-espada-preto (8%); polpa de tomate, laranja e arroz carolino (ambos 7%); café torrado moído e batata vermelha (6% cada); e feijão cozido (5%).

Já desde a véspera do início da invasão russa e esta quarta-feira, as mercearias e a carne foram as categorias de produtos que mais aumentaram de preços – respetivamente, dispararam 26,19% (mais 11,04 euros, para 53,19 euros) e 24,79% (mais 7,99 euros, para 40,24 euros).

Depois, surge a categoria dos laticínios, que aumentou 24,69% (mais 2,83 euros), totalizando os 14,31 euros; do peixe, que subiu 23,22% (mais 14 euros) para 74,31 euros; das frutas e legumes, que disparou 21,58% (mais 5,09 euros) para 28,70 euros; e, por fim, dos congelados, cujo aumento foi de 10,10% (mais 1,40 euros) para 15,25 euros.

Esta semana, o Governo assinou um acordo com os representantes da distribuição (APED) e da produção agroalimentar (os agricultores da CAP), que irá permitir a isenção de IVA em mais de 40 produtos do cabaz de bens essenciais e, assim, traduzir-se numa redução dos preços ao consumidor. De acordo com o ministro das Finanças, Fernando Medina, “a poupança que reverterá para uma família num cabaz de 200 euros, por mês, será de 12 euros”.

Segundo a monitorização da Deco, em 41 produtos abrangidos pela isenção do IVA, a fatura final do cabaz alimentar de 63 produtos passaria de 225,99 euros para 218,24 euros, o que equivale a uma poupança de 7,75 euros.

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