Preço do cabaz de bens essenciais recuou apenas 16 cêntimos na última semana
Cálculos da Deco mostram que preço de um cabaz de 63 bens alimentares recuou para 225,99 euros na última semana. Descida foi de apenas 16 cêntimos face à semana anterior.
Depois de uma semana em que mostrou sinais de abrandamento, o preço do cabaz de bens essenciais registou uma descida muito ligeira, de 16 cêntimos, custando agora 225,99 euros. Este valor representa um decréscimo de 0,07% face ao custo de 226,15 euros registado na semana anterior, segundo as contas realizadas pela Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco).
Comparando com o preço de há um ano, quando custava 268,35 euros, o cabaz alimentar está 16,71% mais caro. Se a comparação for feita com a véspera do início da guerra na Ucrânia (23 de fevereiro de 2022) o cabaz alimentar encareceu 42,36 euros, o que equivale a um aumento de 23,07%.
Entre 22 e 29 de março, os cereais integrais foram o produto cujo preço mais aumentou: em 15 de março, um quilo deste peixe custava 2,91 euros, enquanto na quarta-feira já custava 3,39 euros, o que traduz uma subida de 17% no espaço de uma semana. Seguem-se os cereais fibra (subiram 16%); o salmão (11%); peixe-espada-preto (8%); polpa de tomate, laranja e arroz carolino (ambos 7%); café torrado moído e batata vermelha (6% cada); e feijão cozido (5%).
Já desde a véspera do início da invasão russa e esta quarta-feira, as mercearias e a carne foram as categorias de produtos que mais aumentaram de preços – respetivamente, dispararam 26,19% (mais 11,04 euros, para 53,19 euros) e 24,79% (mais 7,99 euros, para 40,24 euros).
Depois, surge a categoria dos laticínios, que aumentou 24,69% (mais 2,83 euros), totalizando os 14,31 euros; do peixe, que subiu 23,22% (mais 14 euros) para 74,31 euros; das frutas e legumes, que disparou 21,58% (mais 5,09 euros) para 28,70 euros; e, por fim, dos congelados, cujo aumento foi de 10,10% (mais 1,40 euros) para 15,25 euros.
Esta semana, o Governo assinou um acordo com os representantes da distribuição (APED) e da produção agroalimentar (os agricultores da CAP), que irá permitir a isenção de IVA em mais de 40 produtos do cabaz de bens essenciais e, assim, traduzir-se numa redução dos preços ao consumidor. De acordo com o ministro das Finanças, Fernando Medina, “a poupança que reverterá para uma família num cabaz de 200 euros, por mês, será de 12 euros”.
Segundo a monitorização da Deco, em 41 produtos abrangidos pela isenção do IVA, a fatura final do cabaz alimentar de 63 produtos passaria de 225,99 euros para 218,24 euros, o que equivale a uma poupança de 7,75 euros.
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