BRANDS' CAPITAL VERDE Escola da Amadora inaugura painéis solares da Galp
A instalação dos painéis solares da Galp na escola da Amadora permite uma poupança média mensal de mil euros na fatura da eletricidade.
A Escola 2,3 D. Francisco Manuel de Melo, na Amadora, produz desde o dia 29 de março a sua própria energia. Distinguida pelos seus projetos para a transição energética com o Grande Prémio Energy Up, a escola recebeu uma instalação de 20 mil euros em painéis solares da Galp Solar.
Promovida pela Fundação Galp e pela Galp Solar, com o apoio da APA – Agência Portuguesa do Ambiente, ADENE – Agência para a Energia, Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) e Direção-Geral da Educação (DGE), a competição nacional Energy Up desafia professores e alunos de todos os ciclos de ensino a apresentar ideias inovadoras nas áreas de consumo eficiente de energia e mobilidade sustentável, desenvolvendo projetos que aportem um impacto real positivo na comunidade.
Inserida no Agrupamento de Escolas Amadora Oeste, a escola vencedora da edição de 2022 do Prémio Energy Up foi reconhecida pelo seu percurso de promoção do empreendedorismo em torno das temáticas da energia com o Projeto INOV D, que incentiva a resolução criativa de problemas complexos e a construção de protótipos solares fotovoltaicos (como carros, fornos solares e outras geringonças). Este ano, a EB D. Francisco Manuel de Melo simulou a criação de uma empresa para o ano 2050, sustentável a nível do uso de energia e de produtos amigos do ambiente.
Criatividade gera protótipos solares fotovoltaicos
Como sublinhou, na inauguração dos painéis fotovoltaicos nesta escola, Rui Fontinha, diretor do Agrupamento de Escolas Amadora Oeste, que acolheu o evento a 29 de março, num estabelecimento “com um parque escolar enorme”, onde “toda a instalação elétrica já passou para iluminação LED”, faz “todo o sentido” investir neste recurso, “que permite uma poupança média mensal de mil euros na fatura da eletricidade”. Em declarações ao jornal ECO, o responsável referiu que, num contexto em que muitas despesas têm de sair do orçamento pedagógico, “o impacto destes painéis solares na redução do consumo de energia é estratégico”.
Numa malha urbana com imensos desafios de inclusão (o agrupamento integra estudantes de 35 nacionalidades e 28,5% são estrangeiros) e num momento conturbado na educação, a motivação de professores e alunos para aliar tecnologia a sustentabilidade é diferenciadora: “o entusiasmo dos miúdos para criarem ideias criativas e inovadoras, trabalhando ‘fora da caixa’ com recurso a design thinking para a resolução de problemas e empreendedorismo para o desenvolvimento de planos de negócio, consolidou um trabalho sustentado e com provas dadas ao longo dos anos”.
Como testemunharam no evento vários jovens participantes, o envolvimento no INOV D partiu “da ideia de podermos contribuir para a criação de mecanismos na utilização de energia limpa”, num contexto em que “a escola é o meio de ligação com o mundo real”. O projeto contribuiu para tornar os alunos “cidadãos ativos, com valores e responsabilidade” e permitiu-lhes “aprender a ultrapassar os problemas em união”.
Na inauguração, que contou com a presença da Câmara Municipal da Amadora e de todos os parceiros institucionais do Energy Up, Alfonso Ortal Sevilla, CEO da Galp Solar, reiterou a sua expectativa de que os alunos “mantenham este interesse para toda a vida”, já que “empresas como a Galp, o país e o planeta vão precisar de pessoas” assim, “interessadas e curiosas”. Nas suas palavras, graças ao trabalho conjunto dos parceiros do projeto, “o Energy Up é um ecossistema que faz a diferença”.
Já Diogo Sousa, diretor executivo da Fundação Galp, recordou que as candidaturas para a 3ª edição do Prémio Escola Energy Up (abrangendo os primeiro, segundo e terceiro ciclos, ensino secundário e profissional) estão abertas até ao dia 28 de abril. Em entrevista à margem do evento, o responsável adiantou que nas duas primeiras edições o projeto alcançou cinquenta a sessenta candidaturas, e que o objetivo é “que os níveis de participação aumentem”. De resto, garante, “há um efeito de contaminação positiva na zona das escolas vencedoras”, pelo que “temos a expectativa de reunir mais escolas do distrito”.
O desafio visa endereçar Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e garantir impacto positivo nas comunidades onde as escolas estão inseridas. “Quanto mais o grupo de trabalho tiver uma resposta sistémica, mais perto de uma solução real se torna o projeto”, defendeu Diogo Sousa, que acrescentou que a escola vencedora da 1ª edição, na Gafanha da Nazaré (ílhavo) alcançou uma poupança energética anual de 7% a 8%.
O vencedor da próxima edição do Prémio Energy Up será anunciado no dia 30 de Maio, na data em que se assinala o Dia da Energia, que se celebra na véspera.
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