Comissão de inquérito é “novela mexicana” que está a assassinar a TAP, diz sindicato

SITAVA afirma que trabalhos da CPI se têm desenrolado "ao nível de uma novela mexicana de 'terceiríssimo' nível" e acusa deputados de estarem mais preocupados com caça ao voto.

O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) compara a comissão parlamentar de inquérito (CPI) à tutela pública da gestão da TAP a uma “novela mexicana”, que está a denegrir a empresa e os seus trabalhadores.

A comissão parlamentar de inquérito não pode ser arma para assassinar a TAP“, diz o título do comunicado divulgado esta manhã pelo maior sindicato que representa o pessoal de terra da companhia aérea, comparando os trabalhos da CPI a “uma novela mexicana de ‘terceiríssimo’ nível“.

“É vê-los uns contra os outros, a ver quem descobre o ‘escândalo maior’ e ganha a dianteira, na mira de sacar mais uns votos num qualquer ato eleitoral que lhes surja pela frente”, continua o SITAVA.

"É vê-los uns contra os outros, a ver quem descobre o ‘escândalo maior’ e ganha a dianteira, na mira de sacar mais uns votos num qualquer ato eleitoral que lhes surja pela frente.”

SITAVA

O sindicato diz que a comissão de inquérito “foi transformada autêntica ‘lavandaria de roupa suja’ em que os visados não são os sujeitos que nela intervieram, mas sim a empresa e logo os seus trabalhadores”.

Para o SITAVA a CPI deveria ter sido criada para “investigar os muitos e clamorosos erros de gestão que a TAP tem sofrido ao longo da sua vida, com gravíssimos prejuízos para a empresa e para os trabalhadores”, em particular a venda de 61% à Atlantic Gateway de David Neeleman e Humberto Pedrosa.

A estrutura sindical defende que se deveria “investigar principalmente, o que aconteceu com aquela espécie de privatização tentada em 2015, onde uns ‘investidores’ cooptados à pressa se limitaram a emprestar à TAP dinheiro que era da própria empresa e que durante os anos que por cá estiveram (de 2015 a 2020), além dos obscenos ordenados que aprovaram para si próprios, ainda sacaram muitos milhões de euros para os seus bolsos com contratos de prestação de serviços e pré-reformas, como está hoje amplamente demonstrado e divulgado pela comunicação social”.

O SITAVA manifesta-se ainda contra nova venda do capital a privados, considerando que “seria criminoso abrir qualquer processo de privatização”. “Os trabalhadores da TAP (…) sabem que não há TAP sem hub em Lisboa e que a única forma de o garantir é uma TAP com a adequada presença pública no seu capital. A posição estratégica da TAP não pode ficar nas mãos e à mercê de um qualquer grupo económico que imponha a sua lei”, acrescenta.

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