Projetos de 486 milhões de biocombustíveis e hidrogénio verde da Galp estão em consulta pública
Os dois projetos, para a produção de biocombustíveis avançados e hidrogénio verde, em Sines, foram colocados em consulta pública até 1 de junho. Investimento atinge os 486 milhões
A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) colocou em consulta pública os dois projetos da Galp de fabrico de biocombustíveis avançados e outro para a produção de hidrogénio verde, em Sines. Os dois investimentos, avaliados em 486 milhões de euros, foram sujeitos a um estudo de Impacte Ambiental que estarão em consulta pública até dia 1 de junho, tal como avançou o Jornal Económico, esta sexta-feira.
O projecto HVO@Galp, irá nascer na refinaria de Sines como parte da estratégia de descarbonização da petrolífera e vai produzir biocombustíveis avançados para a aviação e transportes rodoviários, “possibilitando à Galp a substituição gradual dos tradicionais gasóleo e querosene de aviação de origem fóssil por combustíveis de origem sustentável”, lê-se no resumo não técnico do projeto.
A nova unidade, que contará com um investimento de 269 milhões de euros, terá uma capacidade de produção máxima de 262,7 quilo toneladas por ano (kt/ano) de biogasóleo ou de 193,0 kt/ano de biojet, estando prevista a produção de outros produtos, também de origem renovável, como a nafta e o propano.
A fase de construção do HVO@Galp terá uma duração de 25 meses que deverá arrancar até ao final do primeiro semestre deste ano, estando previsto o projeto entrar em operação na segunda metade de 2025.
A este investimento soma-se o GalpH2Park, projeto da Galp de produção e armazenagem de hidrogénio verde, que prevê a instalação de uma capacidade de eletrólise de 100 megawatts (MW), num terreno pertencente à zona industrial e logística de Sines (ZILS).
Considerando o hidrogénio verde como “forma importante para a descarbonização da indústria”, a Galp investirá 217 milhões de euros e prevê atingir uma produção anual de 14 mil toneladas por ano de hidrogénio verde resultando numa redução de 95.800 toneladas de emissões de dióxido de carbono equivalente anuais. Além disso, o resumo não técnico indica que o projeto irá integrar a “reposta à crise energética a nível global, criada após a invasão da Ucrânia”.
De referir que o estaleiro de obra ocupará uma área de aproximadamente 2,35 hectares e a nova instalação industrial cerca de 4,47 hectares. Relativamente à fase de construção, prevê-se que tenha a duração de 25 meses.
O GalpH2Park prevê que sejam criados 52 postos de trabalho diretos e até 260 postos de trabalho indiretos, enquanto a operação para a produção de biocombustíveis vai resultar na criação de 76 novos postos de trabalho diretos e a criação de até 200 postos de trabalho indiretos.
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