Preço do cabaz do IVA zero tem caído 1,6% por semana
Na última semana, o cabaz IVA zero monitorizado pela Deco ficou apenas 27 cêntimos mais barato, passando a custar 130,36 euros. Desde início da medida, recuou, em média, 1,6% por semana.
O preço do cabaz de bens essenciais de um conjunto 41 produtos alimentares abrangidos pelo “IVA zero” caiu, em média, 1,6% por semana desde que a medida entrou em vigor, segundo cálculos do ECO com base nos dados da Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco).
Em causa está a monitorização de 41 dos 46 alimentos – que incluem peru, frango, carapau, pescada, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, esparguete, açúcar, leite, queijo ou manteiga – que, desde 18 de abril, passaram a estar isentos de IVA, na sequência do acordo tripartido entre Governo, distribuição e produção.
Se a 17 de abril o cabaz IVA zero monitorizado pela Deco custava 138,77 euros, esta quarta-feira já custava 130,36 euros. Contas feitas, no espaço de pouco mais de três semanas, este cabaz ficou 8,41 euros mais barato, o equivalente a uma redução de 6%. O efeito desta contração é refletido numa queda de 2,47% do preço do cabaz desde o início do ano até 10 e maio.
O queijo curado fatiado, a couve-flor e o arroz agulha foram os produtos que registaram uma maior correção do preço desde a entrada em vigor do IVA zero, ao contabilizarem uma queda de 3%. Segue-se o preço da maçã golden, que caiu 2% e o do pão de forma sem côdea, que recuou 1% nas últimas três semanas.
Por outro lado, neste mesmo período, a maior subida continua a ser registada no iogurte líquido, cujo preço disparou 12%, seguido pelos brócolos (13%) e pelo atum posta em óleo vegetal (6%).
Já em termos de categorias de produtos, os congelados foram a categoria que mais beneficiou com a entrada em vigor do IVA zero, tendo uma cesta destes produtos recuado 10,06% (menos 36 cêntimos) para 3,23 euros.
Segue-se o peixe, cujo preço caiu 8,05% (menos 2,81 euros) para 32,06 euros; a carne, que recuou 6,11% (menos 2,50 euros) para 38,39 euros); a mercearia, cuja cesta baixou 5,69% (menos 1,27 euros) para 21,03 euros; a fruta e legumes, que cedeu 5,40% (menos 1,24 euros) para 21,78 euros; e, por fim, os laticínios, cujo preço caiu 1,59% (menos 22 cêntimos) para 13,87 euros.
No que toca especificamente à última semana (entre 3 e 10 de maio), o cabaz IVA zero ficou 27 cêntimos mais barato (0,21%), passando de 130,63 euros para 130,36 euros.
Os brócolos foram o produto cujo preço mais aumentou na última semana, tendo disparado 13%. Segue-se a maçã gala (6%), o azeite virgem extra e o iogurte líquido (ambos 5%), o atum posta em azeite, o bacalhau graúdo e a dourada (todos 4%), o arroz agulha e a couve-flor (ambos 3%) e a batata vermelha (2%).
Cabaz de 63 produtos aumenta pela primeira vez em quatro semanas
Paralelamente, a Deco faz ainda a monitorização ao habitual cabaz de bens essenciais, que engloba 63 produtos e que inclui alguns produtos também abrangidos pelo IVA zero. E, ao contrário do cabaz IVA zero, na última semana este cabaz de bens alimentares voltou a subir: aumentou 24 cêntimos passando a custar 222,86 euros.
Trata-se da primeira subida desde 12 de abril. De notar que esta quinta-feira foi divulgado que a taxa de inflação homóloga abrandou significativamente em abril para 5,7%, que se traduziu no sexto mês consecutivo de abrandamento.
Desagregando os indicadores, o INE nota que o índice relativo aos produtores alimentares não transformados desacelerou, na variação homóloga, de 19,3% em março para 14,1% em abril.
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Já se compararmos com há um ano (a 11 de maio de 2022), este cabaz está cerca de 15,65 euros mais caro, como resultado de uma subida de 7,55% dos preços.
Por sua vez, se a comparação for feita com o dia anterior ao início da guerra na Ucrânia (a 23 de fevereiro de 2022), este cabaz aumentou 21,36%, passando a custar mais 39,23.
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