Comunistas alertam para riscos de normalização das relações entre ministérios e SIS
António Filipe "estranha" a noção de que um ministro possa pedir diretamente a atuação do SIS e sublinha ser "mau" que se crie a ideia de que os Ministérios e o SIS se podem relacionar.
O Partido Comunista alertou para os riscos de serem normalizadas relações entre Ministérios e os Serviços de Informações de Segurança (SIS), na sequência da intervenção das secretas no processo de recuperação do computador do ex-adjunto de João Galamba, Frederico Pereira.
Em entrevista ao Público (acesso condicionado) , António Filipe afirma que é “absolutamente estranho” a noção de que um ministro possa pedir diretamente a atuação do SIS num caso concreto, especialmente quando este é “inequivocamente” de natureza policial. “Não é qualquer gabinete nem qualquer ministro que se pode dirigir diretamente aos serviços de informações para uma atuação concreta”, argumentou, sublinhando ser “mau” que se crie a ideia de que os Ministérios e o SIS se podem relacionar.
O comunista defende que devem ser apuradas responsabilidades e prestados esclarecimentos políticos quanto à intervenção das secretas num episódio que caracteriza como “ilegal” e “insólito”, mas rejeitou o recurso a uma Comissão Parlamentar de Inquérito. “Não creio que seja grande ideia”, diz.
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