Grupo Vodafone vai despedir 11.000 pessoas nos próximos três anos
A ronda de despedimentos faz parte de uma estratégia de revitalização da empresa e dos lucros. A concretizar-se, será a maior na história da operadora de telecomunicações.
A Vodafone prepara-se para despedir 11.000 trabalhadores ao longo dos próximos três anos, anunciou a nova CEO do grupo britânico, Margherita Della Valle. O plano de reestruturação visa “simplificar” a estrutura da companhia, que, segundo a responsável, “tem de mudar”.
“O nosso desempenho não tem sido suficientemente bom”, afirmou Della Valle, que ocupava o cargo de CEO da Vodafone de forma interina desde o início de dezembro do ano passado e que assumiu a posição de forma permanente em abril.
“As minhas prioridades são os clientes, a simplicidade e o crescimento. Vamos simplificar a nossa organização, eliminando a complexidade para recuperar a nossa competitividade”, explicou, citada pela Reuters.
A concretizar-se, esta será a maior ronda de despedimentos na história da operadora de telecomunicações, que emprega cerca de 100.000 pessoas a nível global, das quais cerca de 1.400 em Portugal. Contactada pelo ECO Trabalho sobre o impacto do plano de reestruturação em Portugal, a filial portuguesa disse não ter comentários adicionais à informação divulgada pelo Grupo Vodafone.
O Grupo Vodafone avançou que espera uma deterioração dos resultados neste ano fiscal em comparação com o anterior, incluindo na Alemanha, o seu principal mercado.
No início deste ano, o grupo já tinha anunciado que se preparava para a avançar com a maior ronda de despedimentos dos últimos cinco anos, num esforço de reduzir custos. Segundo a Reuters, foram eliminados 1.000 empregos em Itália e, segundo a imprensa, o grupo esperava despedir 1.300 pessoas na Alemanha.
Em novembro, a companhia já tinha avançado que pretendia cortar custos, até 2026, em cerca de mil milhões de euros, depois dos lucros do primeiro semestre terem derrapado. Na época, o então CEO, Nick Read, adiantou que esse corte seria feito através da “simplificação do grupo” e admitiu que poderia envolver redução de pessoal.
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