Vila Galé é o único candidato à concessão do Paço Real de Caxias
O segundo maior grupo hoteleiro é o único candidato à concessão do Paço Real de Caxias através do Revive. Há 55 candidatos aos cinco imóveis a concurso.
O Vila Galé é o único candidato ao projeto de recuperação e concessão de exploração do Paço Real de Caxias, em Oeiras, através do programa Revive, confirmou ao ECO o segundo maior grupo hoteleiro português.
O segundo concurso público para a transformação do Paço Real de Caxias num hotel de luxo com 120 quartos foi aberto a 4 de agosto do ano passado e ao ECO o Ministério da Economia e Mar revelou que há apenas um candidato à concessão do espaço por um período de 50 anos. A renda anual prevista é de 174.912,00 euros e a área total de construção é de 5.816,93 metros quadrados.
O edifício classificado como interesse público está em avançado estado de degradação e, em 2020, a concessão do imóvel tinha sido entregue à Imobimacus – Sociedade Administradora de Imóveis, S. A. (Grupo Turim Hotéis) que tinha um investimento previsto de cerca 11,6 milhões de euros para a recuperação do edificado a que se somava uma renda anual ao Estado de 216 mil euros. A abertura do hotel estava marcada para o final do primeiro trimestre de 2022, mas as obras não chegaram a arrancar.
Mas de dois anos e meio depois da concessão ao grupo Turim, em julho de 2022, o contrato foi revogado por mútuo acordo na “sequência dos impactos da pandemia na capacidade de execução do contrato por parte da concessionária”, disse na altura o Ministério da Economia.
O Paço Real de Caxias está situado em frente à linha de costa e começou a ser construído em meados do século XVII, por iniciativa do infante D. Francisco de Bragança. A construção foi depois concluída pelo rei D. Pedro V, que o utilizou como residência de férias da família real.
No edifício estava ainda incluída a quinta, os jardins geométricos de influência francesa inspirados nos do Palácio de Versalhes, e a cascata da segunda metade do século XVIII.
55 candidatos à concessão de cinco imóveis
Além do Paço Real de Caxias, o Revive tem ainda em curso outros quatro concursos para a transformação de imóveis classificados ou monumentos em espaços hoteleiros.
Um deles é para a concessão da Casa Grande, em Pinhel, que ficou deserto, sem colher qualquer propostas de candidatos, revelou ao ECO o Ministério da Economia. Pela concessão desta casa nobre barroca, construída na primeira década do século XVIII junto à muralha de Pinhel e que pertenceu à família Antas e Menezes, que na época detinha a alcaidaria-mor da vila, é pedida uma renda anual ao Estado de 5.869,57 euros.
Outro dos concursos a decorrer é o da 7.ª Bateria do Outão, no cimo do parque natural da Arrábida, ao qual se apresentaram sete candidatos e pelo qual o Estado pede uma renda anual de 130.987,32 de euros, excluindo o investimento para as obras de requalificação.
Para a concessão do Forte de São João da Cadaveira, no Estoril, apresentaram-se 22 candidatos a concurso e para o Forte de S. Pedro, também no Estoril, foram recebidas 25 propostas, revelou ainda ao ECO o Ministério da Economia sem revelar quem são as empresas candidatas.
Este ano o Revive prevê lançar outros três concursos de concessão e a terceira fase do programa vai arrancar “em breve” com mais cerca de 20 imóveis do Estado e entrar na lista de edifícios para transformar em hotéis.
Entre a lista de novos imóveis que vão entrar no Revive há nove que ficam localizados em concelhos do interior do país: a Casa dos Almeidas, no Sardoal, a Quinta Mosteiro dos Folques, em Arganil, o Convento de Nossa Senhora do Desterro, em Monchique, a Casa do Brasileiro, em São João da Pesqueira, o antigo sanatório infantil do Caramulo, em Tondela, a Casa Portilheiro, em Gáfete, o Castelo do Crato, as Termas das Caldas de Moledo, Peso da Régua/Mesão Frio, e por fim, o antigo matadouro, em Barcelos.
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