Exclusivo Fidelidade contrata Citi e UBS para vender Luz Saúde

O Citi e a UBS deverão ser os "global coordinators" da operação de venda de 30% a 40% do capital da Luz Saúde em bolsa. A CGD e o BCP também farão parte do sindicato bancário.

A seguradora Fidelidade está a estudar uma oferta pública inicial (IPO) da Luz Saúde, e já terá escolhido os bancos que serão os joint global coordinators da operação. Depois de uma auscultação de mercado, o Citigroup e o UBS deverão ser os bancos internacionais responsáveis pela venda de 30% a 40% do capital do grupo de saúde, liderando um sindicato bancário de seis bancos, entre os quais estarão a CGD e o BCP, além de outros bancos internacionais, apurou o ECO junto de duas fontes que conhecem a operação.

Oficialmente, a Fidelidade, liderada por Jorge Magalhães Correia, escusou-se a fazer comentários sobre a operação, e os bancos também não fazem comentários até à assinatura formal do acordo. Mas o ECO sabe que as negociações estão na fase final, o processo de avaliação do IPO vai começar nos próximos dias e o objetivo é haver uma decisão para levar a Luz Saúde para a bolsa no último trimestre do ano, se as condições de mercado assim o permitirem. A seguradora detida pela Fosun espera obter uma avaliação de mais de mil milhões de euros para o grupo de saúde que gere 28 unidades hospitalares e clínicas em Portugal. E aposta na entrada de investidores institucionais.

A realizar-se, a operação pública inicial da Luz Saúde, liderada por Isabel Vaz, servirá para financiar o crescimento do grupo, numa perspetiva internacional, mas também para reforçar os rácios de capital da própria Fidelidade.

Dona de 14 hospitais privados (Hospital da Luz, Hospital do Mar, Hospital da Misericórdia de Évora), 13 clínicas em regime de ambulatório e uma residência sénior, a Luz Saúde fechou o ano passado com receitas de quase 600 milhões de euros, o que representa uma subida de 10,6% em relação ao ano anterior, “impulsionados pelo crescimento do segmento de saúde privados”, que atingiu os 585,9 milhões (subida de 10,8%), segundo consta no relatório e contas da empresa, referente a 2022. Já o lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciações (EBITDA) cresceu 26,9% para 82 milhões, enquanto o resultado líquido atribuível aos acionistas subiu 63,8% para 26,9 milhões.

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