Subida dos preços da habitação abranda para 8,7% no primeiro trimestre
Aumento nos preços das habitações existentes, de 9,7%, foi superior à das habitações novas (5,7%) no primeiro trimestre deste ano. Vendas desaceleram desde 2º trimestre de 2022.
Os preços da habitação ainda subiram 8,7%, no primeiro trimestre do ano, mas este número representa uma desaceleração face ao trimestre anterior, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quinta-feira. Valor compara com subida de 11,3% no quarto trimestre de 2022 e é o aumento homólogo de preços menos expressivo desde o segundo trimestre de 2021. Na região de Lisboa, excetuando o trimestre da pandemia, o número de vendas foi o mais baixo desde 2016.
A subida do Índice de Preços da Habitação ficou 2,6 pontos percentuais (p.p.) abaixo do observado no trimestre anterior, sinaliza o INE. “Neste período, as habitações existentes registaram uma taxa de variação dos preços de 9,7%, superior à das habitações novas (5,7%)”, acrescentam.
Apesar do abrandamento em termos homólogos, é de salientar que a variação em cadeia dos preços da habitação (1,3% face ao quatro trimestre de 2022) acelerou face aos 1,1% registados no fim do ano passado.
Nos primeiros três meses do ano, transacionaram-se 34.493 habitações, menos 20,8% que no mesmo período do ano anterior e uma redução em cadeia de 10,5%. Quanto ao valor das casas vendidas, este totalizou 6,9 mil milhões de euros, menos 15,2% face ao primeiro trimestre de 2022.
Quase 85% das casas foram compradas por famílias, no valor de 5,8 mil milhões de euros. Esta é, ainda assim, a percentagem mais baixa desde o segundo trimestre de 2021, salienta o INE.
Neste período, 7,2% dos alojamentos transacionados foram adquiridos por compradores com um domicílio fiscal fora do Território Nacional, fatia que sobe para 12,7% quando se trata do valor transacionado. O INE indica que nos primeiros três meses de 2023, “as aquisições de habitação por compradores com domicílio fiscal no Território Nacional diminuíram 21,9% em termos homólogos, para um total de 32 001 unidades”, ou seja, 92,8% do número total de transações, “o peso relativo mais baixo da série iniciada no 1º trimestre de 2019″.
Olhando para a evolução do número e do valor das vendas de alojamentos nos últimos seis trimestres, é possível observar que há uma tendência de abrandamento desde o segundo trimestre de 2022. A desaceleração nos alojamentos novos tem sido mais expressiva do que naqueles existentes.
Olhando para a análise regional, foi no Norte que se transacionaram mais casas no arranque do ano (9.924 habitações). “Na Área Metropolitana de Lisboa, registaram-se 9.761 transações, o que, excetuando o 2º trimestre de 2020, sob influencia da pandemia COVID-19, constitui o número mais baixo de vendas nesta região desde o 4º trimestre de 2016″, nota o INE.
Apesar de ter menos transações, as casas na região da capital continuam a ser mais caras. “Entre janeiro e março de 2023, a Área Metropolitana de Lisboa concentrou 40,6% do valor total das habitações transacionadas, seguindo-se o Norte com 23,5%”, sendo que para ambos, os valores das transações foram os mais baixos dos últimos dois anos.
Mesmo assim, a tendência é geral: “no 1º trimestre de 2023, todas as regiões registaram uma redução homóloga no número e no valor das
transações de alojamentos”, diz o INE.
(Notícia atualizada às 11h30)
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