Mutares assina compra da Efacec com Governo. Negócio fechado no terceiro trimestre
O fundo alemão Mutares chegou a acordo com o Estado para a compra da Efacec. Em comunicado, adianta que o negócio ficará concluído no terceiro trimestre deste ano.
A alemã Mutares assinou a acordo com o Governo para a compra da Efacec. Em comunicado, o fundo adianta que o negócio deverá ficar concluído no terceiro trimestre deste ano. Continuam sem ser conhecidos os detalhes financeiros do acordo.
“Estamos muito felizes em anunciar a nossa segunda aquisição em 2023. Estou convencido de que, com a nossa experiência operacional e as tendências em curso no setor da energia, podemos continuar a desenvolver o potencial da empresa e colocá-la de novo no caminho do crescimento sustentável”, salienta o responsável de investimento da Mutares, Johannes Laumann.
O fundo alemão refere apenas que a Efacec é uma “excelente opção” para o seu portefólio e que “beneficiará de uma relevante plataforma que ajudará a canalizar melhorias de valor, permitindo que a empresa recupere a sua posição de liderança no mercado e regresse à trajetória de crescimento.
No início de junho, o Governo anunciou a venda da Efacec ao fundo Mutares, sem revelar quaisquer dados do plano de reestruturação, nomeadamente as perdas a assumir pela banca e pelos obrigacionistas e o próprio Estado, nem sequer o valor a pagar pelo fundo pela aquisição dos 71,73% do capital.
Para concluir formalmente a operação será necessário passar pela avaliação da Direção-Geral da Concorrência da União Europeia e pelos credores – bancos e obrigacionistas -, que terão de perdoar parte da dívida
O Estado injetou 132 milhões de euros na Efacec, a que se somam mais 85 milhões de euros em garantias. A empresa tinha uma exposição à banca de 150 milhões, dos quais os referidos 85 milhões garantidos pelo Estado, e os obrigacionistas detêm 58 milhões em títulos de dívida.
A companhia liderada por Ângelo Ramalho fechou o ano com um prejuízo operacional de 90,6 milhões de euros e um resultado líquido consolidado negativo de cerca de 52 milhões, enquanto os capitais próprios revelam também uma situação líquida negativa de 50 milhões de euros (e ainda assim ajudada por 66 milhões de crédito fiscal por impostos diferidos).
(Notícia atualizada às 18h51 com mais informação)
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