Um Grand Scénic cheio de estilo… da Espace

Não é um SUV. É um monovolume, mas nem por isso deixa de ter estilo. O novo Grand Scénic socorreu-se das linhas da Espace para marcar a diferença no mundo dos sete lugares.

É grande? Bastante. É um monovolume capaz de transportar, confortavelmente, sete pessoas. Mas as dimensões avantajadas não têm obrigatoriamente de transformar um carro num caixote. E a prova disso mesmo é o Grand Scénic, o novo modelo da Renault que foi buscar grande parte do seu sex appeal à Espace.

São 4,63 metros de monovolume. Dimensões generosas que acabam por ser disfarçadas pelas linhas bem desenhadas pela fabricante francesa. A frente segue o desenho dos demais Renault, já de perfil as proteções inferiores centram as atenções. Juntamente com a pintura bi-tom, disfarçam o verdadeiro comprimento do Grand Scénic. Até o fazem parecer mais baixo do que realmente é.

Mas o ex-libris acaba por ser a secção traseira que deixa muitos curiosos confusos. É uma Espace? Não, não é. Mas é muito (mesmo muito) parecida, o que torna esta nova proposta da marca gaulesa bem mais apetecível. E se a estética moderna — para a qual as jantes de 20 polegadas ajudam — deverá atrair muitas famílias, o interior poderá ditar a sentença para muitas outras tendo em conta que oferece muito da Espace, sem o preço da topo de gama.

Não só há “poltronas” para todos os ocupantes (além de 596 litros de bagageira, podendo aumentar para muito mais apenas com o One Touch Folding Seat), como tecnologia. O ecrã de 8,7 polegadas — um autêntico tablet — colocado na consola central, concentra os controlos de praticamente tudo no automóvel. Desde o rádio à climatização, passando pelas tais massagens e o sistema de navegação. E muitas das ajudas à condução, bem como os modos de… condução.

O ECO ensaiou a Bose Edition — equipada com o sistema de som de alta qualidade da Bose — com aquele que deverá ser o motor de eleição no mercado nacional, o 1.6 dci de 130 cv (o acesso à gama é feito pelo 1.5 dci de 110 cv e vai até ao 1.6 dci 160 Twin Turbo) que tem um preço de 36.350 euros (38.350 euros na Bose Edition). Já é sobejamente conhecido tanto na Renault como na Nissan e não desilude no Grand Scénic. Pelo contrário.

Apesar de todo o tamanho, o 1.6 mostra-se energético quanto baste para puxar pela carroçaria (mesmo com os todos os ocupantes), sendo capaz de oferecer tanto uma condução descontraída no trânsito citadino como desempenhos mais ritmados nas viagens pela autoestrada. E em ambas as situações os consumos mostraram-se comedidos.

 

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