A fabricante mais lucrativa na bolsa? É a Ferrari
A Tesla é a mais valiosa fabricante dos EUA, mas é a Ferrari quem dá mais razões para sorrir aos investidores. Em 12 meses, as ações da marca italiana avançaram 74% na bolsa.
Qual é a empresa, qual é ela, que mais sorrisos dá a quem investe nela? No setor automóvel, será a Telsa? Não, é a Ferrari. Apesar de a empresa de Elon Musk ter ultrapassado a General Motors e ser já a mais valiosa fabricante dos Estados Unidos, é a marca de luxo italiana aquela cujas ações mais valorizaram ao longo dos últimos doze meses. Desde abril de 2016, os títulos da Ferrari acumularam já 74% de valor, comparando com o pulo de 25% nas ações da Tesla.
Segundo a Bloomberg, por um lado, o sucesso das ações da Ferrari na bolsa de valores deve-se, sobretudo, aos lucros acima do esperado, apoiados na decisão de aumentar a produção de alguns modelos desportivos de luxo, como o LaFerrari Aperta, que custa 2,1 milhões de dólares. Por outro, o crescimento da Tesla no mercado de ações é suportado pelo entusiasmo e confiança que os investidores depositam no presidente executivo Elon Musk, que muitos consideram ser um visionário.
"Os investidores estão a descobrir a Ferrari e a sua capacidade de impulsionar as margens desde a IPO, enquanto a Tesla, que beneficia do facto de ser vista como estando na vanguarda do mercado dos elétricos, ainda precisa de gerar lucros adequados.”
No ano passado, a Ferrari lucrou 425 milhões de euros, ou cerca de 450 milhões de dólares. Em contrapartida, lucros é coisa que a Tesla nunca viu: em 2016, a empresa registou prejuízos de 2,3 mil milhões de dólares e, este ano, deverá perder outros 950 milhões de dólares. É, de qualquer forma, um ano importante para a fabricante elétrica, com o lançamento do Model 3, o primeiro automóvel da marca destinado a um público mais generalizado.
A Ferrari começou a negociar em Wall Street em 2015 e, desde a oferta pública inicial (IPO), já valorizou 38%. À agência Bloomberg, Vincenzo Longo, estratega da consultora italiana IG Market, explicou que “os investidores estão a descobrir a Ferrari e a sua capacidade de impulsionar margens desde a IPO, enquanto a Tesla, que beneficia do facto de ser vista como estando na vanguarda do mercado dos elétricos, ainda precisa de gerar lucros adequados”.
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