Primeiro-ministro dos Países Baixos deixa política após eleições antecipadas
Mark Rutte deixará o cargo após as eleições antecipadas provocadas pelo colapso da sua coligação, motivado por divergências internas em relação ao endurecimento das políticas de imigração.
O primeiro-ministro dos Países Baixos, Mark Rutte, anunciou esta terça-feira que vai deixar a política após as eleições legislativas antecipadas, previstas para o outono, no final de quase 13 anos à frente dos destinos daquela nação.
“Ontem [domingo] de manhã tomei a decisão de que não estou mais apto para ser cabeça de lista pelo VVD. Depois das eleições, vou deixar a política”, disse Rutte perante os deputados.
Apelidado como “Teflon”, por ter sobrevivido aos vários escândalos que abalaram os seus quatro governos, o líder da direita liberal deixará o cargo após as eleições antecipadas provocadas pelo colapso da sua coligação, motivado por divergências internas em relação ao endurecimento das políticas de imigração.
Rutte, de 56 anos, é o segundo chefe de Governo mais antigo da União Europeia, superado apenas pelo húngaro Viktor Orban.
Conhecido por deslocar-se de bicicleta para as reuniões oficiais, cultivou uma imagem de “senhor mundo” ao longo de quase 13 anos de liderança, um recorde dos Países Baixos, durante os quais foi contestado pelos países do sul europeu devido à sua posição dura quanto às finanças públicas, mas conquistou também a simpatia de outros países pelo seu firme apoio à Ucrânia.
O anúncio de Rutte apanhou toda a gente de surpresa, após o ainda primeiro-ministro ter garantido, na sexta-feira, que ainda tinha “energia” para se apresentar como cabeça de lista do seu partido nas legislativas, apontando a um quinto mandato, apesar de admitir que ainda teria de “pensar nisso”.
Segundo o canal de televisão RTL, o atual ministro da Justiça dos Países Baixos, Dilan Yesilgoz, e a líder do grupo parlamentar do VVD, Sophie Hermans, são os favoritos para suceder a Rutte como cabeças de lista do partido nas eleições que devem acontecer até meados de novembro.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Primeiro-ministro dos Países Baixos deixa política após eleições antecipadas
{{ noCommentsLabel }}