Compra e venda de casas bate máximo de 13 anos em Portugal
Apesar da progressão mais baixa da última década, o número de transações em Portugal registou um novo recorde de quase 168 mil alojamentos em 2022. Preço das casas novas sobe mais do que as usadas.
A compra e venda de alojamentos em Portugal ascendeu a 167.900 unidades em 2022, o registo mais elevado da série disponibilizada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), iniciada em 2009. Isto representa um aumento de 1,3% face a 2021, o que corresponde a mais 2.218 alojamentos transacionados. Ainda assim, excetuando o ano do início da pandemia, foi a progressão mais baixa na última década.
Os dados divulgados pelo INE confirmam que o valor das habitações transacionadas no ano passado disparou 13,1% em termos homólogos, para um total de 31,8 mil milhões de euros (+13,1% em termos homólogos). O crescimento registado ao nível dos preços foi superior no caso das habitações novas (18,2%) do que nas existentes (11,6%), embora estas últimas valham três quartos do montante total das transações.
Apesar de o número de transações ter aumentado, os dados oficiais divulgados esta terça-feira mostram uma diminuição de 2,7% nas avaliações bancárias efetuadas por peritos ao serviço das instituições bancárias no âmbito da concessão de crédito à habitação. Foram realizadas perto de 120 mil no ano passado, o que representa uma redução de três pontos percentuais no peso relativo face à compra e venda de alojamentos familiares, fixando-se em 71,4%.
No que toca ao licenciamento de edifícios em Portugal, que totalizaram 24.696 no ano passado, o INE salienta a diminuição de 4,4% face ao ano anterior, em que tinham crescido quase 10%. Foram licenciados 37.458 fogos, -0,5% em termos homólogos. Já o número de edifícios e de fogos dados como concluídos baixou também 3,5% e 0,1%, respetivamente.
O que também está a baixar é o número de edifícios licenciados para obras de reabilitação, que se ficou por 4.491 processos no ano passado. Este indicador afundou 9,3% face ao ano anterior e 17,4% em relação a 2019, o ano anterior à pandemia de Covid-19, baixando assim a reabilitação da fasquia dos 20% no total de obras licenciadas em Portugal.
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