Investimento e taxas de juro reduzem lucros da Nos em 5,7% até junho
No semestre em que subiu o preço das telecomunicações, a empresa liderada por Miguel Almeida viu os lucros caírem para 80,5 milhões de euros. Receitas subiram 4,5%, incluindo no cinema e audiovisual.
A Nos lucrou 80,5 milhões de euros na primeira metade de 2023, um valor que fica 5,7% abaixo do alcançado em igual período do ano passado. A empresa de telecomunicações explica a redução com o “crescimento acentuado das depreciações e amortizações como resultado dos contínuos investimentos que tem vindo a realizar, bem como pelo aumento das taxas de juro na estrutura de custos e devido ao atual contexto macroeconómico”.
Em comunicado enviado à CMVM, a empresa liderada por Miguel Almeida reporta uma subida de 4,5% nas receitas consolidadas até junho, para 775,2 milhões de euros, com destaque para a progressão nas telecomunicações (3,5%, para 746,6 milhões) devido ao aumento do número de serviços. Nos serviços móveis pós-pagos teve um crescimento de 9% neste período, em que a área do cinema e audiovisuais rendeu 45 milhões de euros (+15,2%).
“A NOS apresenta, no primeiro semestre de 2023, um conjunto de resultados robustos, reflexo da recetividade e confiança dos clientes perante as ofertas que disponibilizamos, assentes em redes de última geração consistentemente reconhecidas por entidades independentes”, sublinha o CEO da Nos, citado num comunicado de imprensa enviado esta quarta-feira.
O EBITDA consolidado evoluiu 9,4% face à primeira metade do ano anterior, para 352,6 milhões de euros, atingido este indicador os 331,3 milhões (+10,1%) no segmento das telecomunicações. Ao nível da performance operacional, a empresa avança que o número de serviços aumentou 356 mil, para cerca de 10,9 milhões no final do primeiro semestre.
Este foi o semestre em que a Nos subiu os preços das telecomunicações à maioria dos clientes em até 7,8%, refletindo no valor das respetivas ofertas a taxa média anual de inflação registada em 2022. A atualização das mensalidades da Nos entrou em vigor a 1 de fevereiro de 2023, em linha com a subida de preços promovida pela Meo e um mês antes de a Vodafone fazer o mesmo.
Entre janeiro e junho, a Nos calcula ainda ter investido mais de 195 milhões de euros no país (excluindo contratos de leasing e outros direitos contratuais), salientando a expansão da cobertura 5G. Reclama ter “a melhor e mais extensa” rede a nível nacional, que chega a mais de 90% da população, com este investimento a totalizar já 420 milhões de euros e prevendo aplicar mais 110 milhões nos próximos anos.
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