Kiev afirma ter impedido um atentado russo contra Zelensky
Os serviços de segurança ucranianos dizem ter detido uma "informadora dos serviços secretos russos que estava a recolher informações sobre a visita planeada do Presidente à região de Mykolaiv".
Os serviços de segurança ucranianos (SBU) informaram esta segunda-feira ter detido uma mulher acusada de ajudar a Rússia a preparar um alegado atentado contra o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, durante uma visita a Mykolaiv, no sul do país.
Num comunicado, o SBU afirmou ter detido uma “informadora dos serviços secretos russos que estava a recolher informações sobre a visita planeada do Presidente à região de Mykolaiv”, perto da linha da frente, com vista a um “ataque aéreo maciço” por parte do exército de Moscovo.
Segundo a fonte, a mulher, que trabalhava numa loja de uma base militar, “tentou determinar a hora e a lista dos locais do itinerário provisório do chefe de Estado na região”.
O SBU divulgou uma fotografia desfocada da mulher, detida por agentes, bem como mensagens telefónicas e notas manuscritas sobre atividades militares, cuja veracidade não foi possível confirmar de forma independente.
Já esta segunda-feira, na plataforma Telegram, Zelensky sublinhou que o SBU o tinha informado da tentativa de ataque e que o mantinha atualizado sobre a “luta contra os traidores” na Ucrânia.
O Presidente ucraniano visitou a região de Mykolaiv em junho, após a rutura da barragem de Kakhovka, que inundou grande parte do sul da Ucrânia, e no final de julho, após violentos bombardeamentos.
No comunicado, o SBU afirmou ter adotado “medidas de segurança adicionais” para a visita de Zelensky, mas não deteve imediatamente a mulher, “a fim de obter mais informações sobre os seus ‘patrocinadores’ russos e as tarefas que lhe foram atribuídas”.
De acordo com o SBU, a mulher tentou obter informações sobre a localização de sistemas de guerra eletrónica ucranianos e de armazéns de munições, tendo sido detida “em flagrante delito” quando tentava transmitir as suas informações aos serviços secretos russos.
Nesse sentido, é acusada de divulgação não autorizada de informações sobre armas e movimentos de tropas e pode ser condenada a uma pena de prisão de até 12 anos, segundo os serviços de segurança.
O sistema judicial ucraniano, sem que seja possível confirmar a independência das informações, anuncia regularmente a detenção de pessoas residentes na Ucrânia acusadas de transmitir dados ao exército russo.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Kiev afirma ter impedido um atentado russo contra Zelensky
{{ noCommentsLabel }}