Exclusivo Pestana, Sonae Capital e Visabeira entre os oito candidatos à concessão do Palácio de Seteais, em Sintra

  • Ana Petronilho
  • 11 Agosto 2023

Parques Sintra revelou ao ECO que convidou os oito candidatos a apresentar propostas vinculativas até 22 de agosto. Tivoli explora o Palácio de Seteais desde 1955.

Sonae Capital, Pestana, Visabeira, o grupo Minor e a Fladgate Partnership são algumas das oito empresas que estão na corrida para ficar com a gestão e exploração do Palácio de Seteais, em Sintra, nos próximos 30 anos.

Pela primeira vez, a concessão do hotel Palácio de Seteais está em concurso público. Há 68 anos, desde 1955, que a unidade hoteleira de cinco estrelas está a cargo da rede Tivoli – que até 2016 pertencia ao Grupo Espírito Santo – e nunca foi a concurso público.

Terminado o prazo para a apresentação de candidaturas, a Parques de Sintra – empresa pública que faz a gestão dos imóveis turísticos em Sintra – revelou ao ECO que na fase de qualificação do concurso foram apresentadas oito candidaturas, “qualificadas e convidadas a apresentar propostas” vinculativas até 22 de agosto.

Entre a lista de candidatos qualificados – a que o ECO teve acesso – está desde logo a Carlton Palácio – Sociedade de Construção e Exploração Hoteleira SA, uma empresa do universo Pestana, o maior grupo hoteleiro nacional. Segue-se a rede The Editory Collection Hotels, SA, empresa da Sonae Capital, que conta com dez unidades hoteleiras de luxo distribuídas entre Porto, Lisboa, Troia e Lagos.

Também a Visabeira, através da Montebelo Sociedade de Turismo e Recreio SA, que explora nove hotéis da rede Montebelo Hotels & Resorts em Portugal, sendo um deles o Mosteiro de Alcobaça, a que se somam cinco em Moçambique, está no leque de concorrentes.

O grupo tailandês Minor Hotels, que em 2016 comprou a rede hoteleira Tivoli (à data composta por 14 hotéis) ao falido Grupo Espírito Santo por 294 milhões, quer manter a exploração do Seteais, sendo outro dos candidatos.

Na corrida está ainda o grupo The Fladgate Partnership, proprietário das casas de vinho do Porto Taylor’s, Fonseca, Croft e Krohn, do World of Wine (WOW) — um quarteirão cultural de Gaia –, e também dos hotéis The Yeatman (Gaia), The Vintage House (Pinhão, na região do Douro), e do Hotel da Estrela e do Chafariz d’el Rei, em Lisboa.

Da lista de interessados consta ainda o grupo Carrilho de Almeida Investimentos Imobiliários, a empresa gestora dos hotéis Memmo, uma cadeia composta por três unidades, uma em Sagres e outras duas em Lisboa (nas zonas de Alfama e do Princípe Real).

Soma-se ainda a empresa de Pedro Mendes Leal, que tee uma participação nos hotéis boutique Bairro Alto e é dona do Valverde na Avenida da Liberdade, em Lisboa, assim como o Valverde Santar Hotel& Spa, localizado na antiga Casa das Fidalgas em Nelas. Por fim, consta ainda a empresa de Faria Coutinho, ligada, sobretudo, à área da restauração.

A Parques Sintra explicou ao ECO que as propostas vinculativas entregues pelas empresas até 22 de agosto são válidas por três meses, não podendo, nesse prazo, ser alteradas. O júri do concurso deverá ter uma decisão pelo vencedor do concurso no final do mês de setembro e o contrato de concessão – que será adjudicada pelo critério do preço – poderá ser assinado no final de outubro.

Para explorar o hotel, cuja propriedade é do Estado, através do Turismo de Portugal, é exigido aos candidatos que tenham “experiência na gestão hoteleira superior a dez anos” em Portugal ou num país da União Europeia e que se encontrem a gerir atualmente “pelo menos três hotéis de 4 a 5 estrelas” com “pelo menos 200 quartos”, lê-se no anúncio publicado em Diário da República.

Ficam fora do concurso os candidatos que em 2022 tiveram receitas na atividade hoteleira abaixo de dez milhões de euros. O valor da renda paga ao Estado pelo Tivoli é de 0,5% da receita líquida de impostos.

A gestão do Palácio de Seteais passou em 2008 do Turismo de Portugal para a Parques de Sintra, na mesma altura em que o edifício esteve encerrado por um ano para obras profundas de conservação, com custos de 6,5 milhões de euros suportados pelo Tivoli.

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