Economia “resgata” 30,7% do desemprego no segundo trimestre

Quase um terço dos desempregados no primeiro trimestre arranjou emprego no segundo trimestre. Desde o terceiro trimestre de 2021 que não se assistia a uma transição tão elevada.

O mercado de trabalho continua bastante dinâmico em Portugal. Segundo dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), 30,7% dos desempregados do primeiro trimestre arranjaram emprego no segundo trimestre. Segundo o INE, esta dinâmica reflete-se na transição de mais de 116,6 mil pessoas de uma situação para outra.

Trata-se do fluxo mais elevado desde o terceiro trimestre de 2021, quando a passagem do desemprego para o mercado de trabalho abrangeu 27,8% da população desempregada no trimestre anterior.

Os dados divulgados esta quarta-feira pelo INE mostram também que, no segundo trimestre, o resgate do desemprego foi mais benéfico às mulheres do que os homens.

“Estima-se que 29,7% (54,3 mil) dos homens desempregados e 31,5% (62,2 mil) das mulheres desempregadas no primeiro trimestre de 2023 transitaram para o emprego no segundo trimestre de 2023”, lê-se no comunicado do INE que, adianta também que, “no mesmo período, 18,2% (33,2 mil) dos homens e 19,1% (37,7 mil) das mulheres no desemprego transitaram para a inatividade.”

O dinamismo do mercado trabalho nacional está também espelhado pela terceira queda trimestral consecutiva do número de pessoas que passa de uma situação de emprego para o desemprego. De acordo com o INE, entre das pessoas que estavam empregadas no primeiro trimestre, apenas 1,2% se viu sem emprego no segundo trimestre. Trata-se da percentagem mais baixa dos últimos dois anos.

Além disso, o INE revela também que, “do total de trabalhadores por conta de outrem que, no primeiro trimestre de 2023, tinham um contrato de trabalho com termo ou outro tipo de contrato, 21,4% (153,5 mil) passaram a ter um contrato sem termo no segundo trimestre de 2023.” No espaço do último ano, passaram de contrato com termo a sem termo cerca de 11,9 mil portugueses, segundo o INE.

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