Gás natural dispara com ameaça de greves na Austrália
Sindicatos e produtores mantêm um braço de ferro que pode culminar em greves a partir do início de setembro e interromper as exportações de gás natural australiano para o resto do mundo.
Os preços do gás natural na Europa aceleram esta segunda-feira devido aos receios de potenciais disrupções no mercado se os produtores australianos não alcançarem um acordo com os sindicados.
O contrato de gás natural TTF (Title Transfer Facility), que serve de referência para a Europa, disparou 9% para um máximo de 41 euros por megawatt-hora na sessão desta segunda-feira. Entretanto o contrato para entrega em setembro valorizava 6,84% para 38,9 euros por megawatt-hora.
Há receios de que a produção de gás natural na Austrália possa ser interrompida caso os trabalhadores decidam avançar para greve a partir do dia 2 de setembro nas plataformas de gás de North West Shelf, detidas pela Woodside e que alimentam a maior fábrica de GNL (gás natural liquefeito) australiana. Os trabalhadores destas unidades reclamam melhores salários e maior segurança nos seus postos de trabalho.
Este domingo, a Offshore Alliance, um grupo que representa dois sindicatos, adiantou que os trabalhadores “aprovaram unanimemente” dar à Woodside um prazo de sete dias para chegar a um acordo. “A Woodside tentou todas as táticas para evitar a negociação com seus trabalhadores como um coletivo, mas no final a empresa falhou em manter o status quo de que gostava”, disse o porta-voz da Offshore Alliance, Brad Gandy.
“Os membros da Offshore Alliance não tomam ações de ânimo leve, mas a Woodside está realmente a deixá-los sem margem para outra opção”, acrescentou.
A Offshore Alliance representa ainda os trabalhadores das plataformas da Gorgon da Chevron. As plataformas da Woodside e Chevron representam cerca de 10% do mercado mundial de GNL.
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