Negociações “construtivas” na Austrália aliviam preço do gás

Nova ronda de negociações entre trabalhadores e a australiana Woodside foram "construtivas", considerou a CEO da petrolífera.

A petrolífera autraliana Woodside Energy Group e um sindicato tiveram esta terça-feira mais uma ronda nas negociações que, segundo a CEO Meg O’Neill, foram “construtivas”. “Chegámos a acordos substanciais sobre uma série de questões”, noticia a Bloomberg citando declarações da gestora numa conferência de resultados.

O balanço positivo da última sessão entre sindicatos e patrões na Austrália aliviaram parcialmente os receios sobre o mercado de gás natural, depois de, esta segunda-feira, o contrato TTF (Title Transfer Facility), que serve de referência para a Europa, ter disparado 9%, para 41 euros, por megawatt-hora. Esta terça-feira, os futuros para entrega em setembro arrancaram a manhã a desvalorizar 1% para 39,96 euros por megawatt-hora, tendo porém voltado a subir pelas 10h30, para os 41 euros.

Em causa estão as negociações entre os sindicatos e os patrões das plataformas de gás da NorthWestShelf (detida pela Woodside) e de Gorgon e Wheatstone (detidas pela Chevron). Os trabalhadores colocaram em cima da mesa reivindicações sobre melhores salários e mais segurança no espaço de trabalho, alertando que, se não forem respondidas, resultarão em greves que terão impactos no mercado mundial de GNL (gás natural liquefeito).

No domingo, a Offshore Alliance, um sindicato que representa os trabalhadores da Woodside, confirmou estar agendada uma última reunião com os patrões na próxima quarta-feira, 23 de agosto. Quanto aos trabalhadores da Gorgon e Wheatstone, a decisão deverá ficar conhecida na quinta-feira, 24 de agosto.

Apesar de estarem longe da Europa, estas três infraestruturas de GNL australianas produzem, coletivamente, cerca de 10% do abastecimento mundial de GNL, cerca de 40 milhões de toneladas deste combustível. Só este ano, estas três centrais cobriram pelo menos 25% do GNL de quatro dos maiores compradores da Ásia: Japão, Taiwan, Tailândia e Singapura.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Negociações “construtivas” na Austrália aliviam preço do gás

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião