Parque eólico ao largo de Viana do Castelo regista produção recorde em julho
Projeto de eólico offshore em Viana assinala este mês três anos desde de que entrou em operação. Desde então, a produção acumulada de atingiu 222 GWh.
O parque eólico offshore nascido em Viana do Castelo pelas mãos da Ocean Winds, consórcio entre a EDP e a francesa Engie, registou em julho um recorde na produção de energia.
Segundo dados partilhados pela EDP com o ECO/Capital Verde esta sexta-feira, dia em que se assinala o terceiro ano desde que o parque entrou em operação, o Windfloat Atlantic registou uma produção recorde numa semana (de segunda a domingo) no início de julho deste ano, na qual atingiu mais de quatro gigawatts-hora (GWh).
Desde o início do ano até agosto, o WindFloat Atlantic atingiu uma produção acumulada de 48,3 GWh de energia limpa, tendo mantido a produção 5% acima do previsto.
No dia em que o primeiro parque eólico offshore flutuante da Europa Continental celebra três anos desde de que foi instalado, a EDP dá conta de que a produção acumulada do projeto atingiu os 222 GWh de energia. A estrutura o WindFloat Atlantic fornece energia limpa a 25.000 lares portugueses por ano e evita a emissão de 33.000 toneladas de dióxido de carbono por ano.
A plataforma flutuante instalada a 20 quilómetros da costa de Viana do Castelo deverá ficar operacional por, pelo menos, 25 anos, estando em cima da mesa a possibilidade de ser escalada. Tanto a EDP como a fornecedora da tecnologia do Windfloat, a Principle Power, confirmaram ao ECO/Capital Verde a disponibilidade de alargar a capacidade da estrutura, sem adiantar detalhes quanto à potência ou calendários.
Miguel Stillwell d’Andrade explicou, no entanto, que o alargamento deste parque eólico offshore está dependente de licenciamentos, condições regulatórias e de incentivos. “Há uma série de condições que têm de ser preenchidas antes de investir”, respondeu o gestor. Já Principle Power foi mais longe e admitiu que a estrutura poderia crescer “até à capacidade que está indicada [no leilão]” eólico offshore a ser lançado pelo Governo ainda este ano.
Segundo a proposta do subgrupo de trabalho responsável pela elaboração das regras daquele que será o primeiro leilão de eólicas offshore em Portugal, em Viana do Castelo existe a capacidade de serem explorados até 2 GW de capacidade – local que representa a maior fatia dos 10 GW que o Governo pretende licitar, de forma faseada, até 2030. Até ao final do ano, serão colocados a concurso 3,5 GW que estão disponíveis para serem explorados ao largo de Viana do Castelo, Leixões e Figueira da Foz, de acordo com a proposta do grupo de trabalho.
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