Governo procura soluções para paragem da Autoeuropa junto da indústria nacional de componentes

Governo está a "identificar os fornecedores nacionais da Autoeuropa com o objetivo de reunir com as empresas no sentido de minimizar os riscos de paragem da fábrica nos próximos meses".

O Governo quer encontrar soluções junto da indústria nacional de componentes para o setor automóvel para ultrapassar a paragem da Autoeuropa. A empresa anunciou uma paragem de produção de nove semanas na fábrica de Palmela, de 11 de setembro a 12 de novembro, devido às dificuldades de um fornecedor da Eslovénia “severamente afetado” pelas cheias que ocorreram em agosto no país.

A administração da fábrica anunciou a intenção de recorrer ao lay-off durante a paragem de produção, mas a Comissão de Trabalhadores entende que a empresa tem condições para garantir os rendimentos de todos os funcionários. O tema está a ser debatido esta manhã numa reunião entre a administração e os trabalhadores.

O Governo tem desde o início do problema mantido “contactos com a administração da empresa” para “compreender as causas” das dificuldades e encontrar soluções. “Como Portugal tem uma indústria de componentes para o setor automóvel que é das mais competitivas e inovadoras da Europa, e que exporta para múltiplos países europeus, o Governo, através do Ministério da Economia e do Mar, encontra-se a desenvolver todos os esforços para identificar soluções no âmbito da indústria de componentes nacional”, explicou o Ministério numa curta declaração enviada ao ECO.

“Paralelamente estamos a identificar os fornecedores nacionais da Autoeuropa com o objetivo de reunir com as empresas no sentido de minimizar os riscos de paragem da fábrica nos próximos meses“, acrescenta o ministério liderado por António Costa Silva. “O Governo está empenhado em encontrar as melhores soluções, a todos os níveis, para minimizar o impacto desta paragem de produção numa das maiores empresas exportadoras do país”, acrescenta.

A Autoeuropa apesar de ter anunciado a paragem de produção de 11 de setembro a 12 de novembro, admitiu que esse período “poderá ser reduzido com o evoluir da solução do problema”.

O Ministério da Economia considera que este é um bom exemplo da necessidade de diversificar as cadeiras de abastecimento. “Na incerteza global que vivemos, que é também exponenciada pelas alterações climáticas com a ocorrência de fenómenos extremos, é importante a diversificação das cadeias de abastecimento e o aumento da sua resiliência para prevenir paragens abruptas de produção”, acrescenta a mesma nota.

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