Lagarde privilegia “atos a palavras” e não revela futuro das taxas de juro
“Vamos conseguir, em tempo oportuno, o regresso da inflação à meta dos 2%”, assegurou.
A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, afirmou esta segunda-feira, em Londres, que as “ações falam mais alto do que as palavras”, evitando dar indicações sobre os próximos passos da instituição relativamente às taxas de juro. “As ações falam mais alto do que as palavras”, defendeu Lagarde, que falava, em Londres, num seminário organizado pelo European Economics & Financial Centre.
Christine Lagarde lembrou que o BCE subiu as taxas de juro em 425 pontos base no espaço de 12 meses, um tempo recorde. “Vamos conseguir, em tempo oportuno, o regresso da inflação à meta dos 2%”, assegurou. Em 14 de setembro, o BCE deverá decidir se interrompe o ciclo de subidas das taxas de juro.
Na última reunião, em julho, Lagarde disse que as taxas poderiam manter-se no mesmo nível ou sofrer um novo agravamento, em função dos dados macroeconómicos. A taxa de inflação anual na zona euro manteve-se em agosto estável face a julho, nos 5,3%, mas abaixo dos 9,1% homólogos, segundo uma estimativa rápida publicada, na semana passada, pelo Eurostat.
A componente da alimentação, álcool e tabaco é a que deverá registar a maior taxa de inflação homóloga em agosto (9,8%, face aos 10,8% de julho), seguindo-se a dos serviços (5,5%, que se compara com 5,6% de julho), a componente dos bens industriais não energéticos (abrandou de 5,0% para 4,8%) e a da energia regista pelo quarto mês consecutivo uma inflação negativa: -3,3%, face aos -6,1% de julho.
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