Transporte aéreo continua a bater recordes em Portugal, com 7 milhões de passageiros em julho
No sétimo mês do ano, cerca de sete milhões de pessoas passaram pelos aeroportos portugueses, ficando 10,8% acima do período pré-pandemia. Face a julho de 2022, subiu 12,5%.
Portugal voltou a registar um máximo histórico no valor mensal de passageiros aéreos. Em julho, movimentaram-se 7 milhões de passageiros no conjunto dos aeroportos nacionais, o que corresponde a aumentos de 12,5% face a julho do ano passado e de 10,8% em relação ao mesmo mês de 2019, antes da pandemia de Covid-19, segundo os dados publicados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Julho registou um desembarque médio diário de 117,2 mil passageiros, valor que é superior ao observado no mesmo mês de 2022 (104,3 mil, o que corresponde a um acréscimo de 12,4%), bem como em comparação com julho de 2019 (105,5 mil), em que o aumento foi na ordem dos 11,1%.
De acordo com o gabinete estatístico, 81,7% dos passageiros desembarcados nos aeroportos nacionais em julho corresponderam a tráfego internacional, ou seja, 3 milhões. A maioria (69% do total) é proveniente do continente europeu, o que reflete um aumento de 13% face a julho do ano passado. A segunda principal origem é o continente americano, tendo concentrado 8,6% do total de passageiros desembarcados (mais 9,1% em relação ao mesmo mês de 2022).
No que toca ao destino dos passageiros, 80,3% corresponderam a tráfego internacional, num total de 2,7 milhões de passageiros. Os principais destinos foram países europeus (66,1% do total), compreendendo um crescimento de 13,7% face a julho do ano passado. O segundo principal destino dos passageiros embarcados foi, igualmente, o continente americano (9,8% do total).
Quase 40 milhões de passageiros aéreos até julho
Estes números contribuíram para o recorde de 38,27 milhões de passageiros que passaram pelos aeroportos nacionais nos primeiros sete meses do ano, uma subida de 25,2% em comparação com o mesmo período de 2022 e de 11,8% relativamente ao período pré-pandemia.
Entre janeiro e julho, o Reino Unido foi o principal país de origem e destino dos voos, registando crescimentos de 20,8% no número de passageiros desembarcados e de 22,4% no número de passageiros embarcados face aos primeiros sete meses de 2022. A segunda posição em volume de passageiros desembarcados e embarcados é ocupada pela França, seguindo-se a Espanha, que teve “aumentos expressivos”: mais 42,6% como país de origem e mais 42,8% como país de destino dos voos.
O aeroporto de Lisboa movimentou metade do total de passageiros, cerca de 19,1 milhões. Este valor aponta para um aumento de 27,1% quando comparado aos primeiros sete meses do ano passado (mais 8% face ao mesmo período de 2019).
Segue-se o aeroporto do Porto que, por sua vez, concentrou 22,4% do total de passageiros, num total de 8,59 milhões, o que equivale a uma subida de 25,7% face ao período de janeiro a julho de 2022 (mais 15,2% em relação ao período antes da pandemia).
Faro foi o terceiro aeroporto com maior movimento de passageiros nos primeiros sete meses de 2023, com 5,42 milhões (aumento homólogo de 19,2% e de 5,4% na comparação com os mesmos meses de 2019).
O INE nota ainda que, entre janeiro e julho, houve um “decréscimo” (-1,6%) do movimento de carga e correio nos aeroportos nacionais face ao mesmo período de 2022, totalizando 126.718 toneladas. Só no mês de julho, movimentaram-se 18,7 mil toneladas de carga e correio, valor 5,7% abaixo de julho do ano passado e 1,5% acima do mesmo mês de 2019.
(Notícia atualizada às 11h52)
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