Governo espera que preço da eletricidade não suba acima da inflação em 2024

"Espera-se que tenhamos os mesmos cuidados de anos anteriores: não permitir que o preço da eletricidade suba acima da inflação", indicou Duarte Cordeiro.

O ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, não arrisca ainda previsões de preços da energia para o próximo ano, mas garante que o Governo vai trabalhar para que não superem o nível da inflação.

Espera-se que tenhamos os mesmos cuidados de anos anteriores: não permitir que o preço da eletricidade suba acima da inflação“, disse o ministro na conferência organizada pela CNN, “A Nova Energia é Verde”. Contudo, indicou que o regulador da energia ainda está a trabalhar no cenário tarifário do próximo ano.

Em paralelo, caso o valor do gás se mantenha baixo, as medidas de apoio podem “progressivamente começar a ser levantadas”.

Questionado sobre se estaria disponível para baixar a carga fiscal sobre as empresas, em resposta a recentes declarações da administradora da Galp, Paula Amorim, o ministro respondeu que espera que “no horizonte temporal deste PNEC [Plano Nacional da Energia e Clima 2030] haja um alinhamento com as empresas para este tipo de investimentos”, apontando a folga orçamental que deverá existir depois de eliminar a dívida tarifária.

“Estas decisões de investimento foram tomadas na expectativa de que a evolução do enquadramento fiscal e regulatório em Portugal não prejudique o sucesso destes projetos de grande dimensão, garantindo que as nossas operações industriais se mantenham competitivas a longo prazo num contexto global”, alertou Paula Amorim, a propósito do anúncio de investimento de 650 milhões em hidrogénio verde e biocombustíveis que a Galp vai avançar em Sines.

Ministro alvo de protestos

A conferência começou de forma atribulada, com protestos de jovens ambientalistas. Um grupo atirou mesmo tinta verde sobre Duarte Cordeiro e o cenário, como contestação à escolha de ser organizada uma conferência de sustentabilidade com a EDP e a Galp em destaque. “Não vendam o nosso futuro” foi um dos motes usados pelo grupo de ativistas climáticos, que acabaram por ser retirados da sala por forças de segurança.

Quando retomou o lugar na conferência, o ministro afirma respeitar “esta geração” e a respetiva preocupação com o respetivo futuro. “Não me queixo de quem vai para a rua reivindicar pelo planeta. Queixo-me de determinadas formas de manifestação“, disse, referindo-se ao protesto desta terça-feira. “São intolerantes e procuram calar os outros. Numa democracia, não funciona e contribui para que esta causa perca”, concluiu.

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