Portugal voltou a ter maior subida de preços agrícolas na UE no segundo trimestre
Os preços dos produtos agrícolas em Portugal aumentaram 22% no segundo trimestre, número que compara com uma subida de apenas 2% para o conjunto da UE.
Portugal voltou a ser o país da União Europeia (UE) que registou a maior subida nos preços agrícolas no segundo trimestre deste ano, de acordo com os dados divulgados pelo Eurostat esta terça-feira. O aumento de 22% no índice de preços na agricultura, face ao período homólogo, segue em contraciclo com a maioria dos restantes Estados-membros, que registaram abrandamentos.
Entre abril e junho, os preços dos produtos agrícolas em Portugal aumentaram 22%, número que compara com uma subida de apenas 2% para o conjunto da UE. Portugal é acompanhado pela Grécia (21%) e Espanha (16%) no topo da tabela, sendo países que foram afetados pela seca, o que acabou por impactar estes preços.
Apesar da tendência de abrandamento na UE, a maioria dos países da UE (17 em 27) continuaram a registar aumentos de preços dos produtos agrícolas no segundo trimestre de 2023, em comparação com o segundo trimestre de 2022.
Os aumentos de preços mais acentuados entre os principais grupos de produtos produzidos foram os citrinos (em média +89%), o azeite (+48%) e a batata (+38%). “Estes aumentos de preços refletiram em grande parte os volumes afetados pela seca”, explica o Eurostat.
“Entre outros produtos, destacam-se também as fortes subidas de preços dos ovos (+31%) e dos suínos (+28%). Em contrapartida, o preço dos cereais diminuiu (-31%), enquanto os das aves (+4%) e do leite (-2%) permaneceram mais estáveis”, notam.
Por outro lado, o preço médio dos bens e serviços consumidos na agricultura (inputs não relacionados com o investimento) diminuiu 5% no conjunto dos países da UE. Em Portugal, a subida também foi mais contida do que os preços agrícolas, sendo que foi de apenas 1,2% no segundo trimestre, face ao ano passado.
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