Número de dormidas superou pela primeira vez os dez milhões

O alojamento turístico acolheu 3,5 milhões de hóspedes, em agosto, outro recorde mensal, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas (INE).

O número de dormidas superou pela primeira vez os dez milhões em agosto, o que corresponde a um crescimento de 1,4%, segundo a estimativa rápida da atividade turística do Instituto Nacional de Estatística, divulgada esta sexta-feira.

O alojamento turístico registou outro recorde mensal ao acolher 3,5 milhões de hóspedes, no mês passado, um aumento de 4,8% face a agosto de 2022.

Em comparação com 2019, o aumento foi superior, de 6,3% no caso de hóspedes e de 4,9% em relação às dormidas.

O bom desempenho do turismo nacional, que já recuperou do tombo da pandemia da Covid-19, deve-se sobretudo às visitas de estrangeiros, já que as dormidas de residentes diminuíram 6,9%, totalizando 3,5 milhões, e as de não residentes cresceram 6,4%, correspondendo a 6,6 milhões.

Os estabelecimentos de alojamento acolheram 2,16 milhões de hóspedes estrangeiros, um crescimento de 9,8% face a agosto do ano passado, enquanto os turistas portugueses totalizaram 1,39 milhões, uma quebra de 2,1% em termos homólogos.

Entre os 17 principais mercados emissores de turistas, que representam 88,6% do total de dormidas de não residentes, os Estados Unidos e o Canadá continuaram a destacar-se, registando os maiores crescimentos de dormidas, de 28,9% e 27,5%, respetivamente, face a agosto do ano passado.

Em sentido inverso, a maior queda de dormidas verificou-se entre os residentes da Finlândia e de Espanha, com decréscimos de 10,4% e 4,3%, respetivamente.

Por regiões do país, o Algarve concentrou a maior parte das dormidas (31,3%), seguido da Área Metropolitana de Lisboa (21,2%) e do Norte (17,1%).

Os maiores crescimentos registaram-se no Norte (+5,4%), Açores (+4,5%) e Centro (+4,1%). Pelo contrário, o Algarve (-1,9%) e a Madeira (-1,2%) sofreram as maiores quedas.

Alojamento local a crescer, mas hotéis ainda pesam mais

As dormidas cresceram em todos os tipos de estabelecimentos, mas com especial relevo no Alojamento Local ainda que a hotelaria continue com a maior fatia de noites vendidas, de 79,8% do total.

Assim, as dormidas nos hotéis registaram um ligeiro aumento de 0,3% em relação ao ano passado, tendo o crescimento sido mais expressivo, de 3,2%, face a 2019, ano de pré-pandemia.

O crescimento no Alojamento Local (AL) foi mais significativo, de 6,8% comparativamente com 2022 e de 6% face a 2019. Apesar da boa performance, este é um setor que só pesa 14,9% no total das dormidas. Um peso que poderá recuar no futuro, assim que entrar em vigor o pacote Mais Habitação, que prevê uma taxa de 15% sobre apartamentos de AL e a suspensão de novas licenças em zonas pressão urbanística, ou seja, em quase todo o litoral do Continente.

Recorde-se que depois do chumbo do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o Parlamento voltou a aprovar o diploma com os votos da maioria absoluta socialista, confirmando assim a nova legislação que, à segunda vez, tem de ser obrigatoriamente promulgada pelo Chefe do Estado. Ou seja, o Presidente já não pode voltar a vetar a lei a não ser que decida enviá-la para o Tribunal Constitucional, o que não deverá acontecer, porque Marcelo já disse que o problema do diploma não era de constitucionalidade mas sim de falta de consensualidade entre partidos.

Em relação ao turismo no espaço rural e de habitação (quota de 5,3%), as dormidas aumentaram 4,4% face a agosto de 2022 e 33,8% comparando com o mesmo mês de 2019.

(Notícia atualizada às 11h43)

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