Gigante alemã das viagens passa a controlar hub digital para 200 pessoas no Porto
Com equipas em Faro, Funchal, Lisboa e Ponta Delgada, grupo TUI integra centro de desenvolvimento de software montado pela Cocus em 2017. Operação liderada por Paulo Grilo terá 200 pessoas em 2024.
Seis anos depois de assinar uma parceria com a fornecedora de serviços de tecnologias de informação (TI) Cocus para ter um centro de desenvolvimento de software em Portugal, o grupo alemão TUI integra esta unidade com cerca de 150 profissionais na sua própria organização global, com o estatuto de hub digital, juntando-o às estruturas tecnológicas que já tem na Polónia e na Índia.
Em entrevista ao ECO, o membro do comité executivo e Chief Information Officer (CIO), Peter Jordaan, confirma que a multinacional do setor das viagens “chegou a acordo para se apropriar desta operação” para “dar o pontapé inicial” neste projeto. A Cocus fala num “passo esperado como parte do modelo BOT (Build-Operate-Transfer) [e que] representa a evolução orgânica de uma operação de nearshore próspera e bem estabelecida” no país.
“Agora, o foco está em aumentar ainda mais as equipas. Planeamos aumentar o número de colaboradores para 200 pessoas até ao final de 2024”, adianta o porta-voz do grupo, que está a recrutar developers, architects, product owners e business analysts, para “posições juniores e seniores”. O escritório, localizado no centro de Matosinhos, é dirigido por Paulo Grilo, que nos últimos 24 anos passou “por funções de TI e de negócio em vários países e entidades do grupo” e que agora vai “assegurar que esta equipa faz realmente parte da organização”.
As operações arrancaram oficialmente a 1 de outubro, com a visita do CEO da TUI, Sebastian Ebel, sendo que a equipa portuguesa vai estar envolvida em todas as áreas do desenvolvimento de TI para este operador global do turismo – desde o sourcing para voos e hotéis, até à analítica, à aplicação móvel (app) à plataforma de cliente. Além disso, vai “impulsionar a implementação de tecnologias alimentadas por Inteligência Artificial”, em colaboração com os 2.400 técnicos na organização global.
“Temos uma parceria de longa data e sucesso com Portugal como destino popular de viagens para os nossos clientes. Nos hotéis, voos, cruzeiros, passeios e atividades, estamos presentes no país com o portefólio completo. Agora, expandimos a presença com este hub. Portugal está a provar que não é só um belo destino de viagem, mas também um centro de inovação digital. Encontramos aqui o talento e as competências que procuramos, e todo um hub de inovação e tecnologia de relevância europeia, que será essencial para o crescimento das operações no Porto”, resume Peter Jordaan.
Portugal está a provar que não é só um belo destino de viagem, mas também um centro de inovação digital. Encontramos aqui o talento e as competências que procuramos, e todo um hub de inovação e tecnologia de relevância europeia.
Com receitas globais de 16,55 mil milhões de euros no ano fiscal de 2022, um total de 60 mil funcionários e contabilizando 21 milhões de clientes, o grupo TUI opera em 180 destinos espalhados pelo mundo. Entre outros ativos, detém perto de 400 hotéis e clubes das marcas RIU, TUI Blue ou Robinson, opera 16 navios de cruzeiros com as insígnias Hapag-Lloyd, Mein Schiff e Marella, e é ainda proprietário de mais de 130 aviões da TUI Airline e dono de 1.200 agências de viagens.
As três principais marcas hoteleiras estão em Portugal, onde disponibiliza 1.250 experiências – incluindo excursões, atividades e bilhetes para atrações, disponíveis nas plataformas TUI Experiences e Musement. A companhia aérea opera voos regulares para locais de férias em Portugal, enquanto os cruzeiros TUI Cruises, Marella e Hapag-Lloyd fazem escala em portos portugueses. O grupo sediado em Hanôver, no Norte da Alemanha, tem também um operador turístico no país e equipas de serviço em Faro, Funchal, Lisboa e Ponta Delgada.
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