Sandra Maximiano terá sido escolhida pelo Governo para presidente da Anacom
Professora do ISEG terá sido escolhida pelo Governo para suceder a João Cadete de Matos na liderança do regulador das comunicações, segundo o comentador Luís Marques Mendes.
O Governo terá escolhido Sandra Maximiano para ocupar o cargo de presidente da Anacom, avançou o comentador Luís Marques Mendes este domingo à noite na SIC. A confirmar-se, a professora associada do ISEG é o nome que se segue a João Cadete de Matos, que completou seis anos na liderança do regulador no passado dia 15 de agosto.
De acordo com Marques Mendes, o nome ainda está a ser avaliado pela CReSAP, que tem de emitir um parecer favorável para a nomeação avançar. Antes de chegar à liderança do regulador, Sandra Maximiano também tem de passar no crivo da Assembleia da República, cujo parecer, não sendo vinculativo, tende a ser respeitado neste tipo de nomeações.
“É uma economista muito conceituada”, disse o comentador, que referiu ser uma escolha positiva por parte da tutela. O nome da próxima presidente da Anacom era, provavelmente, a notícia mais aguardada pelo setor, mais especificamente pelas operadoras de telecomunicações, que nunca se coibiram de criticar duramente o atual presidente ao longo dos últimos seis anos.
Além da ligação ao ISEG, onde se licenciou em Economia e fez mestrado, Sandra Maximiano tem vindo a publicar mensalmente artigos de opinião no Expresso, referindo: “Escrever opinião é um modo de analisar de fora o que se passa cá dentro.”
Na sua página de autora no jornal, indica ainda: “Sou economista mas raramente escrevo sobre a dívida e o défice, conduzo antes experiências para analisar o comportamento dos agentes económicos.” É ainda, desde 2009, professora assistente na Universidade de Purdue, segundo a própria.
Alguns dos seus artigos recentes publicados no Expresso incluem “Como combater o vício das raspadinhas?”, “Como acabar com salários baixos?” e “Faz sentido que os CEO ganhem uma fortuna?”. No ano passado, a professora escreveu ainda sobre a semana de quatro dias de trabalho e a reforma do Serviço Nacional de Saúde (SNS), por exemplo.
O ECO já contactou o Ministério das Infraestruturas no sentido de confirmar esta informação, estando a aguardar resposta. No entanto, tem vindo a questionar o gabinete de João Galamba acerca deste processo desde meados de julho, incluindo durante este mês, sempre sem sucesso.
O perfil está em linha com o que era esperado, segundo o que vinha a ser dito ao ECO por várias fontes do setor, que falavam na possibilidade de o Governo escolher uma académica para ocupar esta função (a lei prevê a alternância de género, pelo que teria sempre de ser uma mulher).
Em maio, no congresso anual da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), Galamba tinha traçado o perfil do que pretende que seja a próxima era da Anacom: “Para o futuro, espero um setor onde haja lugar à crítica e ao diálogo construtivos, ao respeito institucional e à procura equilibrada de soluções para o desenvolvimento do setor e para a defesa dos consumidores, procurando sinergias e melhorando processos produtivos. É nestas linhas que devemos desenhar e executar a política de comunicações que o país necessita, com envolvimento de operadores e autarquias e o papel importante do regulador como fonte de estabilidade no setor”, disse o ministro da tutela.
(Notícia atualizada pela última vez às 22h19)
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