Grupo José de Mello “vê com bons olhos” solução que garanta continuidade da Efacec

Salvador de Mello, CEO da 'holding', afirma que "as notícias recentes apontam para uma probabilidade importante de que a continuidade da Efacec seja garantida". Grupo tem, com TMG, 28,27% da empresa.

O grupo José de Mello, que detém uma participação minoritária na Efacec, vê “com bons olhos” uma solução que garanta a continuidade da empresa, numa altura em que o Estado está prestes a vender o controlo público ao fundo alemão Mutares, disse esta terça-feira Salvador de Mello, CEO do grupo.

Em parceria com a TMG (Têxteis Manuel Gonçalves), através da MGI, o grupo José de Mello tem uma posição de 28,27% na Efacec. O Estado está em processo de venda da sua participação de 71,73%, e admite que o fundo alemão Mutares iria ficar com a totalidade.

Num evento sobre investimentos no setor dos vinhos, o ECO questionou o CEO sobre o processo de privatização, mas a resposta inicial foi de que o grupo vai “continuar em silêncio até à conclusão do processo”.

Após alguma insistência, Salvador de Mello, afirmou que “tudo o que contribua para uma solução para a Efacec, nós vemos isso com muito bons olhos”, sublinhando que “as notícias recentes apontam para uma probabilidade importante de que essa continuidade da Efacec seja garantida”. “Portanto, vemos isso com bons olhos”, acrescenta.

O grupo José de Mello controla a industrial Bondalti, detém posições maioritárias na CUF e na José de Mello Residências e Serviços, e uma posição de 17% na Brisa.

Questionado se o grupo poderá estar vendedor de alguma dessas posições, o CEO respondeu que não. “Não estamos vendedores de ativos no grupo, antes pelo contrário. O grupo tem vindo a reforçar investimentos de forma significativa nos seus principais ativos, nos quais se inclui a Brisa, mas também a Bondalti e a CUF, portanto o grupo está a reforçar investimentos nas suas principais áreas e não está vendedor de nenhuma posição nos ativos relevantes”.

Sobre o negócio da saúde, Salvador de Mello disse que o grupo vê o setor “com uma lógica de crescimento, e nesse contexto tem investido e continuaremos a investir de forma significativa para capturar as oportunidades”.

“Continuamos a ver oportunidades no setor da saúde, especificamente”, disse, adiantando que isso significa “continuar o projeto que a CUF tem feito, de chegar a cada vez mais portugueses de forma tranquila“. A CUF gere uma rede de hospitais, clínicas e um instituto, num total de 24 unidades de saúde.

Em 2022 o grupo José de Mello registou um aumento de 59% dos lucros para 92 milhões de euros. Salvador de Mello referiu em junho que o grupo investiu “muitíssimo” no ano passado, destacando a concretização de 159 milhões de euros de investimento, mais 49% face a 2021. Salvador de Mello disse em junho de 2022 que o grupo tem planos para investir mil milhões de euros até ao final de 2030.

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