Confiança dos consumidores e indicador de clima económico voltam a baixar em Portugal
Evolução da situação financeira do agregado familiar e expectativas futuras sobre situação económica do país e finanças das famílias contribuem para a queda da confiança.
O indicador de confiança dos consumidores portugueses diminuiu entre agosto e outubro, depois de ter registado em julho o valor máximo desde fevereiro de 2022. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), o saldo das opiniões sobre a evolução passada dos preços aumentou “significativamente” este mês, após ter diminuído nos cinco meses anteriores.
“A evolução do indicador no último mês resultou do contributo negativo das opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar e das expectativas de evolução futura da situação económica do país e da situação financeira do agregado familiar. Em sentido contrário, apenas as expectativas de evolução da realização de compras importantes por parte das famílias registaram um contributo positivo”, justifica o INE.
Também o indicador de clima económico diminuiu entre julho e outubro, embora “de forma ligeira no último mês”, assinala o instituto. Os indicadores de confiança diminuíram na indústria transformadora, na construção e obras públicas, e nos serviços, tendo aumentado no comércio.
Na indústria, o indicador de confiança diminuiu nos agrupamentos de bens de consumo e de bens intermédios, tendo aumentado no agrupamento de bens de investimento, “invertendo a expressiva redução observada no mês anterior no sub-agrupamento de fabricação de veículos automóveis”, detalha o gabinete de estatísticas.
Já o saldo das expectativas dos empresários sobre a evolução futura dos preços de venda diminuiu em todos os setores inquiridos, mas de forma mais intensa na indústria transformadora. No campo industrial, 55,1% das empresas preveem uma estabilização do investimento em 2024, face a este ano, enquanto com 32% a estimar um aumento e 13% uma diminuição.
Ainda na indústria transformadora, o saldo das apreciações sobre a procura global diminuiu em outubro, contrariando o aumento verificado em setembro. As opiniões relativas à procura interna deterioraram-se este mês, após terem recuperado em agosto e setembro, enquanto as apreciações relativas à procura externa, por outro lado, deterioraram-se nos últimos quatro meses.
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