Pedro Nuno Santos volta a discordar de Costa sobre critérios de venda da TAP. Dúvidas de Marcelo são “legítimas”
Do hub de Lisboa até à maioria do capital que o Estado deve ter na TAP, o primeiro-ministro e o ex-ministro das Infraestruturas voltam a divergir sobre o dossiê da privatização da TAP.
“Falsa questão”. Foi com estas palavras que Pedro Nuno Santos, ex-ministro das Infraestruturas, classificou as afirmações de António Costa, que adiantou no Parlamento não haverá privatização da TAP sem garantias de que o hub continua em Portugal. Para o deputado socialista, o interesse das companhias aéreas na TAP deve-se precisamente ao hub de Lisboa, ou seja, ao centro de operações.
“Podemos colocar essa exigência e o comprador aproveitará logo para dizer “com essa exigência são menos 200 milhões no preço”, mas verdadeiramente não precisamos de colocar essa exigência porque a Lufthansa ou a KLM – Air France quando vêm comprar a TAP é por causa do hub, não é por causa de mais nada”, disse Pedro Nuno Santos no comentário semanal na SIC.
Se, para o primeiro-ministro, para ter manter a “vocação estratégica” da TAP “não é necessário ter 100% do capital ou sequer 51%”, para Pedro Nuno Santos é necessário que o Estado garanta a maioria do capital. “Sem maioria de capital pode haver acompanhamento, mas intervenção na empresa não vai haver. Não há parassocial que salve isso”, disse.
Visando igualmente as declarações de Fernando Medina, que em entrevista ao ECO disse que o preço da venda da TAP é o último na ordem de importância dos cinco critérios para a escolha do comprador, Pedro Nuno Santos referiu no mesmo espaço de comentário que o preço de venda da companhia aérea “não pode ser o último critério”.
Sobre o veto de Marcelo ao diploma de privatização da TAP, o ex-ministro das Infraestruturas considera que as dúvidas do chefe de Estado são “legítimas”. Ainda assim assume que a devolução do diploma “mais parece um episódio da relação tensa” entre Marcelo e o Governo. “Este veto não fica limitado às nossas fronteiras, é visto por potenciais compradores“, defendeu.
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