EDP dá jackpot. Chineses encaixam 170 milhões em dividendos
A elétrica liderada por António Mexia destacou o dividendo. São 19 cêntimos por ação, num total de 690 milhões. Os chineses são os que recebem a maior "fatia" do prémio da EDP.
A Energia de Portugal (EDP) vai começar a pagar o dividendo relativo aos resultados do ano passado. São, ao todo, 690 milhões de euros — a EDP lucrou 961 milhões — que chegam nos próximos dias às contas dos acionistas da elétrica nacional, com grande parte destes milhões a saírem do país. Qual é o destino? A China recebe um quarto do total.
A China Three Gorges, a maior acionista da elétrica liderada por António Mexia, é quem fatura mais com o jackpot dos dividendos da EDP. A posição de 21,35% no capital, representativa de 780 milhões de ações, vai permitir encaixar 148,3 milhões de euros com o dividendo de 19 cêntimos por ação que foi aprovado pelos acionistas da cotada portuguesa.
Mas o “bolo” da China com os dividendos da EDP não se fica por aqui. Engorda para 169,3 milhões com os quase 21 milhões de euros que serão depositados na conta da CNIC Co., referente à posição de pouco mais de 3%.
Logo a seguir à China surgem os EUA como destino dos milhões que vão levantar voo da elétrica. A Capital Group, que detém mais de 14%, prepara-se para receber 97,8 milhões de euros, enquanto a BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo, encaixará mais 34,7 milhões para entregar aos seus investidores. O total é de 132,5 milhões.
Espanha fecha o pódio com quase 50 milhões de euros referentes aos 7,2% da Oppidium. Para os Emirados Árabes Unidos vão mais 28 milhões, 16,5 para a Argélia e 15,7 para o Qatar. A Noruega, através do Norges Bank, o maior fundo soberano do mundo, vai encaixar 14 milhões de euros com os dividendos da empresa portuguesa.
Quem também “comprou” o bilhete premiado dos dividendos da EDP foi o BCP, tanto o banco como o fundo de pensões da instituição liderada por Nuno Amado. Vai receber quase 17 milhões de euros.
Estes grandes investidores vão encaixar um total de 443 milhões de euros, o equivalente a 64% do total a distribuir pela empresa. O remanescente vai para outros investidores, muitos deles pequenos aforradores que mantêm ações da EDP em carteira. Este ano, essas ações estão a oferecer um retorno de 7,3%, isto mesmo contando com a queda resultante do destaque do dividendo.
Os títulos da EDP estão a apresentar uma queda de 5,64% para 3,11 euros no dia em que se procede ao destaque da remuneração acionista da cotação das ações — o dividendo começa a ser pago a 17 de maio. Esta queda, técnica, está a pesar no comportamento do índice nacional que, ainda assim, mantém um bom desempenho no acumulado do ano: sobe mais de 11%.
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